EDIÇÃO 2024 DA MOSTRA INCLUSIVA LAIS ACONTECE NOS DIAS 4 E 5 DE OUTUBRO, NO CINE SANTA TEREZA

Festival que integra cinema e inclusão social exibe 20 filmes de diretores brasileiros de todos os gêneros, com recursos de audiodescrição, libras e legendas descritivas. A mostra visa garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e auditiva, e ainda destacar a presença feminina no audiovisual, com 70% dos trabalhos dirigidos por mulheres.

As sessões são gratuitas.

 

O Cine Santa Tereza recebe, no mês de outubro, a segunda edição da Mostra Inclusiva LAIS, festival que integra cinema e inclusão social por meio da promoção de curtas-metragens brasileiros. Criada pela produtora OPALMAS e coordenada pelo roteirista, dramaturgo, cineasta e realizador Shelmer Gvar, a mostra visa garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e auditiva às sessões de exibição das obras participantes e, ainda, destacar a presença feminina no audiovisual. Serão exibidos 20 filmes, sendo 70% deles dirigidos por mulheres, todos com recursos de audiodescrição, libras e legendas descritivas, e que tratam de temas sociais relevantes como aborto, racismo, intolerância, segregação social, solidão, transexualidade e outros. A curadoria é de Bárbara Sturm, referência no mercado de comercialização de filmes dentro e fora do país.

 

A edição 2024 da Mostra Inclusiva LAIS acontece nos dias 4 e 5 de outubro, sexta e sábado, no Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza), sempre às 19h. Os ingressos são gratuitos, mediante retirada gratuita no site www.sympla.com.br ou na bilheteria do cinema (será disponibilizada uma cota de ingressos para a retirada virtual e uma cota para a retirada presencial). Além das sessões presenciais, os filmes também serão exibidos virtualmente no site do festival (www.mostralais.com.br) nos dias 6 e 7 de outubro (por 48h). Os curtas metragens também participarão de uma votação pública e o filme com maior voto ganhará o Troféu Lais e um prêmio de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

 

Este projeto tem patrocínio da MGS, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

 

O significado da palavra LAIS é: L (LIBRAS), A (audiodescrição), I (inclusão) S (social). Assim, a Mostra Inclusiva LAIS busca atender o público em geral e promover a formação da plateia no cinema, sobretudo com a inclusão social. Para tanto, o festival vai produzir sessões no cinema com audiodescrição, libras e as legendas descritivas. Shelmer Gvar, coordenador da LAIS, explica que o projeto busca criar um ambiente em que pessoas sem e com deficiência auditiva ou visual possam assistir aos filmes juntos, e ressalta que essa experiência compartilhada é fundamental para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. “Nós acreditamos que promover a inclusão vai além de oferecer uma sessão exclusiva para pessoas com deficiência auditiva ou visual, é necessário que elas tenham o direito amplo ao audiovisual, assim como os demais públicos. A Mostra Inclusiva LAIS nasceu do desejo de proporcionar a essas pessoas uma mostra dedicada a elas, com filmes dotados de todos os recursos necessários para que elas possam ter uma experiência com e dentro do cinema.”

 

Gvar comenta sobre os desafios de se fazer uma mostra de cinema inteira com recursos para deficientes visuais ou aditivos. “Não é apenas um filme com recursos inclusivos para deficientes visuais e auditivos, é um festival inteiro. E esse é um desafio imenso, porque as pessoas com deficiência visual e auditiva passam a vida inteira acreditando que o cinema não é o lugar delas. Nós queremos fazer que a cada ano a Mostra LAIS chegue a mais e mais pessoas com alguma deficiência visual e auditiva, para desmistificar que elas não podem ir ao cinema. O cinema também é o lugar dela.”

 

A decisão de destacar curtas-metragens dirigidos por mulheres vem desde a primeira edição do festival e também está alinhada aos princípios de inclusão e igualdade Mostra LAIS, conforme conta Shelmer Gvar. “A representatividade é fundamental no mundo do cinema. Infelizmente, as mulheres têm enfrentado desigualdades no setor audiovisual ao longo da história. A LAIS reconhece essa lacuna e se compromete a potencializar o segmento, ao dar visibilidade a essas cineastas talentosas. Quando mulheres ocupam posições de liderança na criação cinematográfica, inspiram outras mulheres e jovens cineastas a seguir seus sonhos e acreditar em seu potencial”, sublinha Gvar.

 

Neste ano, o festival recebeu as inscrições de aproximadamente 500 trabalhos, de diretores e diretoras de todo o país (cerca de 100 a mais do que em 2023). Todos os 20 filmes escolhidos receberam, sem exceção, os recursos de audiodescrição, libras e legendas descritivas. A curadoria da mostra, realizada por Bárbara Sturm, priorizou filmes que tratam de temas inclusivos e sociais de grande relevância, como aborto, racismo, intolerância, segregação social, solidão, transexualidade e outros. Os filmes transitam entre ficção, documentário, drama e animação.

 

Shelmer Gvar destaca que essa é a proposta da Mostra LAIS: oferecer cinema como entretenimento, destacando a sua importância social. “O trabalho de curadoria da Bárbara é todo pautado no propósito da inclusão, desde as temáticas dos filmes à priorização de produções dirigidas por mulheres. Além disso, a curadoria também levou em consideração a qualidade do filme, a narrativa e forma de direção, além de buscar um filme de cada estado. Esta edição traz produções de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e do Rio Grande do Norte”, explica Gvar. Além disso, com o objetivo de promover a inclusão social no país, todos os filmes selecionados receberão como prêmio uma cópia em formato H264, contendo LIBRAS, audiodescrição e legendas descritivas.

 

Troféu Lais

Os curtas metragens escolhidos participarão de uma votação do público, durante as sessões presenciais da mostra e também durante as sessões virtuais. Além da divulgação e da exibição, o filme com maior votação popular ganhará o Troféu Lais e um prêmio de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

 

Sobre Shelmer Gvar – coordenador geral

Shelmer Gvar é natural de Belo Horizonte. Ele gosta de considerar que a sua real formação profissional vem de mestres como o seu avô, que, dentre muitas atividades, era bonequeiro e foi responsável por apresentá-lo, aos 6 anos, a histórias inesquecíveis, e o saudoso amigo Jarbas Medeiros, cientista político, artista plástico e poeta que lhe apontou os melhores livros, filmes de diversos países e a necessidade da arte de dialogar com assuntos relevantes. Foram muitos mestres formais e “informais”. Shelmer Gvar é roteirista, dramaturgo, preparador de elenco, produtor, professor, ator e cineasta com DRT 2512. Esteve envolvido em muitos projetos culturais e grupos de pesquisas. Dentre eles, estão o Núcleo de Estudos Shakespearianos da América Latina, ministrado por Marcos Vogel, com o qual também montou seu primeiro texto teatral, “Bordel de Véu”, que foi agraciado em diversos festivais pelo país. Sua primeira participação em longa-metragem se deu por meio do filme “O Aleijadinho: Paixão, Glória e Suplício”, dirigido por Geraldo Santos Pereira e premiado no 5º Festival de Cinema de Recife (PE). Pela TV, foi integrante do primeiro núcleo de teledramaturgia, por meio da parceria da Rede Minas de Televisão com o Sindicato dos Artistas de Minas Gerais (SATED-MG), participando das obras seriadas “Os Elefantes se Alimentam de Flores” e “Palmeira Seca”, exibidas na Rede Minas de TV. Além dos projetos com universos ficcionais, Shelmer realiza documentários. São dele o roteiro, a direção e a produção dos documentários “A Peleja da Essência”, longa-metragem sobre a vida dos artistas de rua, e “Além dos Sentidos”, média-metragem sobre a vida de pessoas com deficiência auditiva. Além de artista, Shelmer é gestor cultural, fundador da produtora OPALMAS e também realiza projetos socioculturais que priorizam assuntos relevantes para a inclusão social.

 

Sobre Bárbara Sturm – curadora

Atua no mercado de comercialização de filmes desde 2007. Formada em cinema, dirigiu três curtas-metragens. Participou dos programas internacionais de distribuição CICAE Training, no Festival de Veneza, Berlinale Talent Campus, no Festival de Berlim, e Locarno Industry Academy, do Festival de Locarno. Atuou como programadora no Cine Belas Artes, como diretora de aquisições na Pandora Filmes – onde foi responsável pelo sucesso ‘”Que Horas Ela Volta?”, drama de Anna Muylaert que fez 500 mil espectadores. Passou pela agência de marketing Pipoca Digital e, em 2017, assumiu a posição de gerente de conteúdo na Elo Company, responsável pela curadoria e negociação de projetos e a criação e coordenação do Selo ELAS – consultorias para fomento de longas-metragens brasileiros dirigidos por mulheres. Em 2022, assumiu também a gerência do departamento de Vendas, sendo agora Diretora de Conteúdo & Vendas na Elo Studios. É professora do curso O Mercado da Distribuição de Filmes, que já teve mais de 15 turmas e mais de 100 alunos em todas as cinco regiões do Brasil. Faz parte do coletivo de inteligência estratégica ASAS.BR.COM e do grupo Mais Mulheres do Audiovisual Brasil.

 

Sobre a OPALMAS

A OPALMAS atua no audiovisual voltado para filmes em formatos de longas, médias, curtas-metragens e séries (live action e documentários) para cinema, TV e VOD. A produtora surgiu no mercado com a criação, a produção e o lançamento consecutivo de dois documentários que retratam assuntos relevantes para a sociedade. Em novembro de 2016, o longa-metragem documental “A Peleja da Essência” estreou no Cine 104, para trazer uma imersão no universo íntimo e profissional dos artistas de rua. No mesmo mês, uma semana depois, foi lançado no Cine Humberto Mauro o média-metragem “Além dos Sentidos”, que abrange a deficiência auditiva por meio de pessoas que buscam tratamentos, depoimentos de profissionais da saúde e um profundo mergulho na vida das pessoas surdas e com perda auditiva que buscam inclusão na sociedade. Sua missão, visão e valores se unificam no objetivo de realizar projetos artísticos com alcance universal, que entretenham, oportunizem a diversidade, a inovação e a criatividade, com foco no processo de imersão na pesquisa de linguagens, que se comuniquem com o público por meio de assuntos relevantes.

 

Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, por meio do Edital BH nas Telas Mostra Inclusiva LAIS 0740/2022.

 

 

 

SERVIÇO:
Mostra Inclusiva LAIS
De 4 e 5 de outubro, sexta e sábado, sempre às 19h

Cine Santa Tereza (Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza)

Ingressos gratuitos

Retirada parcial no site www.sympla.com.br e retirada parcial na bilheteria do cinema

minutos antes das sessões.

 

Sessões virtuais: dia 6 e 7 de outubro, no site do festival (www.mostralais.com.br)

 

Informações pelo site www.mostralais.com.br ou pelo Instagram @mostralais

 

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