Lideranças mineiras apostam em inovação para aumentar a eficiência, aponta estudo da Fundação Dom Cabral e A3Data

Levantamento desenvolvido com 138 executivos é um marco para a inovação em Minas Gerais. Integrando a Inteligência Artificial Generativa, empresas mineiras têm acesso a uma ferramenta poderosa para apoiar as tomadas de decisões de forma ágil e contínua

Quase metade das empresas mineiras (45,2%) adota uma abordagem “seletiva” em relação à inovação, priorizando iniciativas pontuais e estratégicas. É o que revela estudo feito pela Fundação Dom Cabral (FDC), reconhecida como a quinta melhor escola de educação executiva no ranking do Financial Times, em parceria com a A3Data, consultoria de dados e referência em Inteligência Artificial Generativa no Brasil.
O estudo foi iniciado em setembro de 2024 e já envolve 138 executivos de grandes e médias empresas de Minas Gerais, trazendo um panorama sobre a maturidade das organizações no que diz respeito aos investimentos em inovação e transformação digital.
“Esta iniciativa representa um marco para a inovação em Minas Gerais. Ao integrar o conhecimento acadêmico e de negócios da FDC com nossa expertise em inteligência artificial, conseguimos empoderar o empresariado e o poder público do estado com dados estratégicos a partir de uma ferramenta poderosa para apoiar as tomadas de decisões e promover o pensamento em políticas pública de incentivo à inovação de forma ágil e contínua, facilitando a interação com a inteligência”, destacou o CEO da A3Data, Rodrigo Pereira.  
De acordo com o executivo, essa abordagem coloca o estado em um novo patamar de maturidade em relação à inovação, abrindo caminho para um futuro mais competitivo e conectado às tendências globais.

Sobre a pesquisa

Um exemplo do que o estudo já mostra é que, enquanto quase metade das empresas mineiras demonstra cautela, priorizando iniciativas pontuais e estratégicas, cerca de 31,7% das organizações do estado adotam uma postura mais “otimizadora”, ou seja, são mais proativas em inovação, investindo em tecnologias para melhorar seu desempenho e acompanhando as tendências do mercado.
A pesquisa também revela que apenas 23,1% se mostraram “visionárias”, investindo de forma intensa em inovação, com uma visão de longo prazo.
De acordo com a primeira onda do estudo, a inovação é vista como uma forma de aumentar a eficiência operacional (38,5%) ou desenvolver novos modelos de negócio (22,1%). No entanto, ‘Estrutura e Cultura’ (28,7%) aparecem como os principais obstáculos, refletindo a resistência a mudanças.
A falta de rentabilidade dos projetos também preocupa, sendo apontada por 22,3% dos entrevistados. Por outro lado, 10,6% acreditam que a inovação pode promover mudanças culturais, enquanto 9,6% destacam a criação de novos serviços como um dos principais benefícios.
A iniciativa já conta com a participação majoritária de profissionais em posição de liderança, incluindo sócios-fundadores (20,3%), diretores (18,7%) e presidentes (17,1%). A pesquisa também gerou um índice geral sobre a maturidade das empresas mineiras em relação à inovação, em uma escala de 1 a 6. O resultado foi de 3,7, indicando um nível intermediário de maturidade.
“A inovação é uma estratégia fundamental para competitividade empresarial, pois é uma das formas mais eficientes de superar a concorrência e agregar valor aos produtos e serviços. As empresas que adotarem inovação de forma sistemática irão se destacar no mercado”, finalizou o professor e líder da pesquisa, Hugo Tadeu.
Visão de Futuro

O índice idealizado pela FDC e A3Data pretende ser uma iniciativa dinâmica e em constante evolução. Seu objetivo é expandir progressivamente a base de empresas participantes em todas as regiões do estado, integrar dados externos e aprimorar continuamente a capacidade de oferecer uma visão precisa do cenário de inovação, competitividade e transformação digital no estado.
“Este não é apenas um projeto nosso – é uma iniciativa que envolve todo o ecossistema de inovação do estado. Para garantir a capacidade de investimento e profissionais qualificados que aumentarão a competitividade e irão acelerar a economia de Minas Gerais, é fundamental a colaboração não só do empresariado, mas também da academia e do poder público”, finalizou Hugo Tadeu.

 

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