Intenção de Consumo em BH recua em abril, aponta Fecomércio MG

De acordo com a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), analisada pelo núcleo de Pesquisa & Inteligência da Fecomércio MG e aplicada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), em Belo Horizonte, o ICF registrou queda de 1,0 ponto em abril. O indicador geral foi de 86,2 pontos, abaixo do nível de satisfação que é registrado aos 100 pontos.

Ainda que em situação de satisfação, o nível de segurança com o emprego atual teve queda de 4,6 pontos recuando para 103,1 pontos em abril. As famílias que ganham até 10 salários são as que se sentem mais inseguras quanto ao emprego, 25,6% do total. Famílias acima daquela faixa de renda mais inseguras com o emprego atual somam 15,2%.

O nível de consumo chegou a 81,7 pontos em abril, 0,6 ponto superior ao obtido na última análise (81,1) e 3,7 pontos abaixo do obtido no mesmo período do ano passado. De acordo com 43,3% dos entrevistados, a família está comprando menos em comparação ao ano passado, enquanto 25,0% afirmaram comprar mais agora.

A renda atual está em situação de satisfação para as famílias com ganhos acima de 10 salários e está abaixo dos 100 pontos, negativa, para as de renda menor.  O índice de renda atingiu 97,3 pontos em abril, resultado 1,6 ponto inferior ao obtido na última análise (98,9 p. p.) e 15,0 pontos inferior ao mesmo período do ano passado. Para 70,6% dos entrevistados, a renda da família está igual (43,9%) ou melhor (26,7%) em comparação com igual período de 2024.

A perspectiva de consumo está em nível de satisfação para as famílias com renda acima de 10 salários e de insatisfação para as que ganham menos. O índice de perspectiva de consumo passou para condição de insatisfação em abril, aos 99,1 pontos, apontando uma retração de 2,6 pontos em relação ao resultado obtido na última análise (101,7) e 11,1 pontos abaixo do observado no mesmo período de 2024. Para 31,6% dos entrevistados, eles irão consumir mais do que no segundo semestre do ano passado; 35,8% preveem consumir igual e 32,4% menos. Já o momento para o consumo de bens duráveis é ruim para 73,6% dos entrevistados.

O indicador de perspectiva profissional, que mede a expectativa para melhoria dos rendimentos do chefe da família nos próximos seis meses, caiu 2,0 pontos, estacionando em 81,2 pontos.

De acordo com o analista de pesquisa Devid Lima, esse cenário no indicador é influenciado por diversos fatores que impactam na percepção das famílias, como o mercado de trabalho que apesar de ter registrado taxas de desemprego baixas, registra alta informalidade, o que impacta diretamente a perspectiva profissional. A taxa básica de juros mantida em patamares elevados para controlar a inflação, ambas limitam o poder de compra das famílias, impactando na perspectiva de consumo e no momento para duráveis.

Para 54,9% dos entrevistados a melhora profissional não virá nos próximos meses. Os que têm expectativa positiva somam 38,1%. Maior expectativa positiva é registrada entre as famílias com renda acima de 10 mínimos, 50,3%. Entre aquelas de menor renda, o otimismo com a melhoria profissional ficou em 36,2%; para 57,2% a perspectiva é negativa.

O indicador de acesso ao crédito apresentou retração de 0,8 p. p em abril, se comparado à última análise. Conforme 38,3% dos consumidores, está mais difícil conseguir empréstimo/crédito para compras a prazo, em comparação com o ano passado. Para 26,2% está mais fácil.

Sobre a Fecomércio MG

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) é a principal entidade representativa do setor do comércio de bens, serviços e turismo no estado, que abrange mais de 750 mil empresas e 51 sindicatos. Sob a presidência de Nadim Elias Donato Filho, a Fecomércio MG atua como porta-voz das demandas do empresariado, buscando soluções através do diálogo com o governo e a sociedade. Outra importante atribuição da Fecomércio MG é a administração do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em Minas Gerais. A atuação integrada das três casas fortalece a promoção de serviços que beneficiam comerciários, empresários e a comunidade em geral, a partir de suas diversas unidades distribuídas pelo estado.

Desde 2022, a Federação tem se destacado na agenda pública, promovendo discussões sobre a importância do setor para o desenvolvimento econômico de Minas Gerais. A Fecomércio MG trabalha em estreita colaboração com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, para defender os interesses do setor em âmbito municipal, estadual e federal. A Federação busca melhores condições tributárias para as empresas e celebra convenções coletivas de trabalho, além de oferecer benefícios que visam o fortalecimento do comércio. Com 86 anos de atuação, a Fecomércio MG é fundamental para transformar a vida dos cidadãos e impulsionar a economia mineira.

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