Evento promoveu 34 atividades em nove dias, gerou empregos, conectou a comunidade à sua rica expressão artística e celebrou a ancestralidade, a negritude e a diversidade
A 1ª Semana de Arte de Cataguases, realizada entre 21 e 29 de junho de 2024, sob o tema “Por uma Perspectiva Decolonial – Ancestralidade e Negritude”, foi um sucesso e superou todas as expectativas. Em sua 1ª edição, a iniciativa buscou viabilizar intercâmbios culturais, diálogos e conexões para posicionar a cena artística cataguasense no curso de uma autêntica revolução nas artes brasileiras.
Ao longo de nove dias, turistas, visitantes e a população vivenciaram uma experiência que conectou o município à sua rica expressão artística, e celebraram a confluência de talentos que atuaram na vanguarda cultural e artística decolonial.
Entre os dias 21 e 29 de junho, a programação contou com 34 atividades, ocupou sete espaços e reuniu criadores de diversas expressões artísticas que por meio de seus trabalhos, demarcaram seus territórios, combateram as estruturas opressoras do colonialismo e o apagamento sistemático de suas memórias e subjetividades.
Foram gerados cerca de 147 empregos diretos e indiretos; mais de 2400 pessoas acompanharam a programação; 194 participantes foram beneficiados em 64 horas de atividades formativas e aproximadamente 198 artistas atuaram na execução da Semana.
Bastidores
“Ainda em êxtase enfrento o desafio de buscar palavras para expressar a inenarrável experiência de participar e colaborar para construção da 1ª Semana de Arte. Foram mais de dois anos de desafios, estudos e muito trabalho para conseguirmos ver nascer e crescer este movimento que superou e muito todas as expectativas”, destaca Marcus Diego, multiartista consultor e produtor executivo do evento.
Marcus recorda que foram dias muito intensos com ações que impactaram os diferentes públicos. “Buscamos propor uma nova forma de pensar, consumir e fazer arte. E consolidar cada vez mais a cidade na vanguarda artística que transcende questões estéticas e provoca transformações socioculturais. Gerando com isso reflexões capazes de despertar um posicionamento mais crítico na população perante complicadores sociais”.
De acordo com o produtor executivo, o projeto foi importante para resgatar e fortalecer o cenário artístico de cataguasense de uma forma plural. “Para os artistas locais isso ficou muito claro em cada depoimento, em cada partilha de experiência. Pelas ruas vimos pessoas e criadores exalando felicidade com as experiências vividas, abrindo janelas para novos sonhos e ideias que até então pareciam estar adormecidas. Sentimos realizadores de diversas linguagens mais empoderados e estimulados em disseminar seus trabalhos”.
Para o multiartista consultor, a ação foi uma experiência sensacional e diferente de tudo que a localidade já presenciou. “Tivemos arte na rua, nos bairros, nos distritos, em espaços culturais e até em monumento”.
Um novo olhar
A diretora artística e coordenadora geral da Semana, Mariela Oliveira, salienta que “propusemos uma nova forma de ocupar os espaços simbólicos da cidade: a estação, os espaços institucionais e os monumentos. E propusemos uma ressignificação do patrimônio arquitetônico a partir da interação dos corpos com esses objetos estáticos”.
Segundo Mariela, o evento transformou esses locais em ambientes vibrantes e vivos, espaços de celebração da arte, da diversidade e da inclusão. “Propusemos uma nova forma de olhar e interagir com esses espaços, para além de um mero cenário cotidiano, por onde as pessoas passam, olham e não veem.”
Mariela enfatiza que, “ao longo do período da Semana, fizemos uma arte política que reivindica a inclusão social e a liberdade de ocupação dos espaços públicos, que pertencem a todos nós. Propomos uma reinvenção e reinterpretação do patrimônio arquitetônico do município, a reconexão e a sensação de maior pertencimento e identificação da cidade com a sua história”.
Perspectivas
Marcus Diego afirma que a equipe já está planejando as próximas edições. “Já estamos nos preparando, fortalecendo nossas redes de apoio, buscando novos parceiros, patrocínios e artistas para ampliarmos todos os impactos alcançados este ano, que já trouxe novo fôlego para o cenário artístico e cultural, estimulando o surgimento de novas iniciativas pautadas na arte decolonial, servindo de referência para outras iniciativas socioculturais no Brasil”.
Semana de Arte de Cataguases 2024
A Semana de Arte de Cataguases 2024 é um projeto desenvolvido com patrocínio do Grupo Bauminas, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, e conta com apoio de Fundação Bauminas, Prefeitura Municipal de Cataguases, Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, Animaparque e SENAI/SESI, com parceria Girarte, ONG Contato, UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e Vila Santana e é uma realização Studio Catá Arquitetura e Governo do Estado de Minas Gerais.
Acompanhe a Semana de Arte de Cataguases 2024
No Instagram: @coletivocatarte
LEI ESTADUAL DE INCENTIVO À CULTURA
Patrocínio: Grupo Bauminas
Apoio: Fundação Bauminas, Prefeitura Municipal de Cataguases, Polo Audiovisual da Zona da Mata de Minas Gerais, Animaparque e SENAI/SESI
Parceria: Girarte, ONG Contato, UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais) e Vila Santana
Realização: Studio Catá Arquitetura e Governo do Estado de Minas Gerais
Apoios locais: OCCA bar, ODARA, Bazar René, MIBA, MB Imobiliária, Visual Impressões, Transportes VT e Supermercados BH.