Promovido pelo Instituo Lado a Lado Pela Vida, iniciativa visa ampliar o debate sobre os desafios da implementação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) e promover de forma propositiva os encaminhamentos necessários para que a lei seja cumprida na prática
Nos dias 21 e 22 de agosto, o Instituto Lado a Lado pela Vida promoverá, em parceria com a Santa Casa BH, a segunda edição do ‘Diálogo Saúde Regional Oncologia’ – iniciativa que irá percorrer o país para promover discussões sobre os desafios regionais no enfrentamento do câncer. O evento acontece das 8h às 18h, na quinta-feira (21/08), e reunirá gestores públicos, especialistas, parlamentares e representantes da sociedade civil para entender a realidade do câncer no estado mineiro. Já o segundo dia (22/08), será dedicado exclusivamente aos pacientes oncológicos, com programação das 8h às 18h, em que ocorrerão palestras com temáticas voltadas à jornada do paciente no enfrentamento do câncer.
O objetivo do ‘Diálogo Saúde Regional Oncologia’ é promover o debate e levantamento das demandas locais, dar visibilidade aos desafios enfrentados pelos gestores dos centros e hospitais de média e alta complexidade e, a partir de dados regionais, construir caminhos viáveis para a efetiva implementação da PNPCC, instituída pela Lei nº 14.758/2023.
“Para a edição mineira, estar próximo aos atores locais e ter a Santa Casa BH como parceira, como na edição em 2024, faz toda diferença, pois amplia o debate ao trazer as realidades regionais e maior visibilidade para as necessidades enfrentadas pelos pacientes oncológicos”, salienta Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida. No encontro, serão realizados cinco painéis para discutir o cenário do câncer em Minas Gerais: o financiamento na oncologia; o enfrentamento dos vazios assistenciais no Estado; a rede oncológica mineira desde regulação até a descentralização do cuidado e a navegação do paciente oncológico no SUS.
O ‘Diálogo Saúde Regional Oncologia’ é uma ação que integra o Programa Caminhos da Saúde, que visa a promoção de ações integradas à saúde, educação e cultura, que contribuam para a prevenção de doenças e o diagnóstico precoce do câncer. Segundo Marlene Oliveira, o encontro será importante para contribuir com a jornada dos pacientes oncológicos, seus principais desafios, bem como debater proposições visando a implementação da nova política nacional do câncer, para ser uma lei funcional e efetiva para os pacientes. “A PNPCC é uma conquista coletiva da sociedade brasileira e precisa ser materializada na ponta, respeitando as especificidades de cada território. É por isso que seguimos mobilizando diferentes regiões do País, promovendo o diálogo como ferramenta de transformação”, afirma Marlene.
Para a gerente do instituto de oncologia da Santa Casa BH, Sara Oliveira, esse é um momento importante para fortalecer o debate ao integrar a vivência local com a capacidade de mobilização nacional. “Nós temos desafios para lidar como os vazios assistenciais, regulação lenta, concentração de serviços e falta de financiamento sustentável. Ao recebermos este encontro, reunimos atores-chave para propor soluções viáveis, contribuindo para formalizá-las em uma nota técnica aos órgãos de saúde em uma iniciativa do Instituto Lado a Lado pela Vida visando propositividade. Isso garante que a PNPCC seja discutida com base em dados reais e adaptada às necessidades regionais”, complementa Sara.
Mais do que um evento, o ‘Diálogo Saúde Regional Oncologia’ se consolida como um movimento de articulação e ação em defesa do cuidado oncológico justo, integral e humanizado em todas as etapas da jornada do paciente. Esta iniciativa reforça o compromisso do Instituto Lado a Lado pela Vida com a transformação da saúde pública brasileira e com a construção de políticas públicas que coloquem o paciente no centro do cuidado. “Sabemos que o câncer não espera e a mudança acontece quando transformamos intenção em ação. Após os encontros regionais, produziremos uma nota técnica que será enviada ao Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde para apontamentos e possíveis ações para que a lei seja cumprida e transforme a vida das pessoas”, explica Marlene.
Criado em 2024, o projeto nasceu com duas edições em Minas Gerais e Brasília, além de uma edição especial dentro do Global Fórum Fronteiras da Saúde. Em 2025, o ‘Diálogo Saúde Regional Oncologia’ ganha força e se expande para outros estados e municípios que enfrentam dificuldades na área oncológica, como a regulação de serviços, o deslocamento de pacientes em busca de tratamento e os desafios de financiamento e sustentabilidade das políticas de saúde.
Para Marlene, o encontro é um convite para que todos os envolvidos na luta contra o câncer se engajem e contribuam para que o acesso igualitário aos tratamentos e a qualidade de vida dos pacientes sejam prioridades no País. “Além de traçar um panorama do que está acontecendo com relação ao câncer, vamos debater os gargalos e desafios que o paciente enfrenta”, conclui.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio do site:
SERVIÇO
Diálogo Saúde Regional Oncologia Minas Gerais
Data: 21 e 22 de agosto (quinta-feira e sexta-feira) das 8h às 18h
Local: Santa Casa de Belo Horizonte
Endereço: Rua Ceará 333, Santa Efigênia, Belo Horizonte.
Sobre o Instituto Lado a Lado pela Vida
Fundado em 2008, o Instituto Lado a Lado pela Vida é uma Organização da Sociedade Civil que atua na prevenção, diagnóstico precoce e no cuidado integral de doenças crônicas como o câncer e as doenças cardiovasculares, além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem. Todas as iniciativas do Instituto são guiadas pelo Programa Caminhos da Saúde, que visa a promoção de ações integradas à saúde, educação e cultura, que contribuam para a prevenção de doenças e o diagnóstico precoce das duas principais causas de mortalidade no país — o câncer e as doenças cardiovasculares. Esse caminho é construído com a vivência da instituição junto às realidades locais, fortalecendo o vínculo com comunidades e gestores e a partir da coleta e análise de dados regionais. O programa orienta estratégias em saúde pública e fortalece o papel do Instituto como agente de advocacy, com forte presença na articulação de políticas públicas e ações de impacto social. Idealizador do Novembro Azul — o maior movimento em prol da saúde do homem no Brasil — e de campanhas como Respire Agosto, Siga seu Coração e Mulher Por Inteiro e Câncer por HPV: o Brasil pode ficar sem, o Instituto alia informação de qualidade, mobilização, engajamento comunitário e escuta ativa em sua atuação nos territórios. A organização é a única representante na América Latina no Comitê de Advocacy da World Heart Federation.
Sobre o Instituto de Oncologia da Santa Casa BH
Pioneira no atendimento a pacientes oncológicos em Minas Gerais, a Santa Casa BH acumula mais de 100 anos de experiência no tratamento da doença. O Instituto de Oncologia oferece toda a linha de cuidado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), abrangendo consultas clínicas, atendimento ambulatorial, quimioterapia, radioterapia, internações e cirurgias oncológicas, entre outros serviços.
A Santa Casa BH investe continuamente em inovação, sendo um dos poucos hospitais do estado a contar com dois aceleradores lineares, equipamentos de última geração utilizados no tratamento por radioterapia. Essa estrutura avançada permite dobrar a capacidade de atendimento e reduzir significativamente a fila de espera, garantindo acesso mais rápido e eficiente à terapia oncológica.
Em 2024, a unidade registrou 82.293 atendimentos adultos e pediátricos, consolidando-se como o único serviço do estado com uma estrutura integrada para todas as necessidades do tratamento oncológico em um único local. O instituto conta com 13 especialidades, entre elas oncologia clínica e pediátrica, onco-hematologia, radioncologia, mastologia, urologia, coloproctologia, cirurgia oncológica geral e torácica.
Para dimensionar a grandiosidade do instituto, apenas em 2024 foram realizados:
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22.225 tratamentos oncológicos, incluindo sessões de quimioterapia (pediátrica e adulta) e hormonioterapia;
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23.680 consultas em especialidades cirúrgicas;
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20.685 sessões de radioterapia.