Lucas Guimaraens lança livro de poemas Outras Peles no Sempre Um Papo

O poeta, filósofo e gestor cultural Lucas Guimaraens apresenta seu mais recente trabalho, “Outras Peles” (Círculo de Poemas / Fósforo) em uma tarde de celebração da sua poesia, em debate na companhia de Adriane Garcia e Ana Elisa Ribeiro. Será no dia 13 de setembro, às 14h, na Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi), dentro da programação do “Sempre um Papo”.

Nesta nova plaquete poética, Lucas Guimaraens investiga as múltiplas camadas que formam o “eu” — heranças, encontros e atravessamentos que se entrelaçam na construção da identidade. Em sua escrita, a poesia se aproxima da carne, indaga o passado e os fragmentos que nos compõem, propondo uma leitura da subjetividade como um campo fragmentado e em constante metamorfose.

Nas páginas de “Outras Peles”, do mineiro Lucas Guimaraens, poema após poema, revelam-se outras faces do que somos: cada um é fruto do encontro entre muitos, diversos entre si, que nos tornam únicos. Mais do que se abrir à alteridade, ao poeta interessa vasculhar cada recanto de si em busca dos “restos e estrelas e fraturas” deixados por aqueles que vieram antes, mas também por aqueles que nos cercam e, mais do que tudo, nos atravessam e constituem.

Em sua investigação poética das “Outras Peles” que nos cobrem, Guimaraens sabe que “sangue é ninho de poesia” e, por isso, se lança à tarefa radical (rumo às raízes!) de desmontar aquele que, até então, chamava de “eu”: “seria possível/ refundar o amor com tantas peles?”. É a trama dos poemas, entre pele e sangue, que revela o outro, revelando também outros em nós: “como/ quem olha pela primeira vez/ o próprio corpo”.

Cada poema é parte daquela “obra de arte não decifrada no intangível/ das ruas sem tempo/ a colher pesadelos e sonhos”. Enquanto se move entre os cômodos de tantas casas perdidas no tempo e joga luz sobre os rostos em que vê muito de seu próprio rosto, Guimaraens se depara com os “silêncios sobrepostos” que cercam cada palavra e percebe que algo ali quer cantar — cabe ao poeta, então, levar cada palavra até o ponto exato em que nossas peles mais profundas cantem. Toquem. Ouçam.

Sobre o autor

Lucas Guimaraens, nascido em Belo Horizonte em 1979, carrega uma ancestralidade literária inspiradora, com raízes em poetas como Alphonsus de Guimaraens, Bernardo Guimarães e Afonso Henriques Neto. É bacharel em Direito Ms. e Ph.D em Filosofia Estética e Política pela Université Paris 8. Foi superintendente de Bibliotecas Públicas e do Suplemento Literário de Minas Gerais. Trabalha em relações institucionais e internacionais, construindo pontes e não muros. Como poeta, ensaísta e tradutor, é autor de diversas obras publicadas no Brasil e na França. Entre seus livros de poemas, destacam-se Exílio — o lago das incertezas (Relicário, 2018) e Amarrar o corpo na lua (7Letras, 2022). Entre seus livros de ensaio, destacam-se L’écriture poétique comme patrimoine immatériel de l’humanité (Harmattan, 2022 – França) e Michel Foucault et la dignité humaine (Harmattan, 2014 – França).

 Lucas Guimaraens – Sempre Um Papo

Data: 13 de setembro de 2025, sábado

Horário: 14h

Local: Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274 – Savassi

Participações: Adriane Garcia e Ana Elisa Ribeiro

Entrada gratuita

Informações: @sempreumpapo
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