Professor de Psicologia da Faculdade Una Sete Lagoas destaca a importância da saúde mental e da existência com propósito
O Setembro Amarelo é o mês dedicado a conscientizar e mobilizar a sociedade para a prevenção do suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos aproximadamente 700 mil pessoas morrem em decorrência deste grave problema de saúde pública, especialmente entre os jovens de 15 a 29 anos, o que evidencia a urgência de ações preventivas.
Roni Raggi, professor de Psicologia da Faculdade Una Sete Lagoas ressalta que a saúde mental “está intimamente ligada à capacidade de cada um de dar significado e encontrar seu próprio caminho. Essa busca não é uma tarefa fácil e pode ser um processo longo e desafiador, mas os benefícios são inegáveis. Ao encontrar uma razão de ser, o indivíduo se sente mais conectado consigo mesmo e com o mundo, experimentando um senso de objetivo e de pertencimento”.
De acordo com o docente, a valorização da vida é um dos pilares mais importantes para a prevenção do suicídio. “Quando reconhecemos a importância e a preciosidade da existência, isso atua como um escudo protetor, fortalecendo nossa resiliência e nos ajudando a encontrar uma direção, mesmo diante das adversidades. Trata-se de um processo contínuo. Todos nós passamos por momentos de crise e, se você está se sentindo sobrecarregado ou com pensamentos suicidas, não hesite em procurar ajuda. Existem profissionais preparados para ajudar a superar essa fase e encontrar um novo rumo para sua jornada”.
Segundo o psicólogo, encontrar um propósito é um movimento individual e único. “É normal enfrentar desafios, mas com persistência e as ferramentas certas, é possível viver de forma mais plena e significativa”, sublinha.
Roni explica que essa demanda pode ser desafiadora por vários motivos:
- Pressões sociais – A sociedade impõe expectativas e algumas são difíceis de alcançar;
- Medo do desconhecido – A incerteza sobre o que vem a seguir gera medo e insegurança;
- Falta de autoconhecimento – Não saber quem somos e o que queremos, obscurece o caminho a ser percorrido;
- Traumas – Experiências traumáticas acarretam sentimentos negativos e dificultam a visão de um futuro positivo;
- Mudanças constantes – O mundo está sempre em transformação, o que gera insegurança;
- Comparação com os outros – Comparar-se com os outros pode resultar em sentimentos de inferioridade;
- Falta de apoio – Sem a rede de amigos e familiares, a procura pelos objetivos se torna ainda mais desafiadora.
Estratégias
Roni aponta que existem algumas estratégias eficazes que podem ajudar as pessoas a encontrarem uma nova orientação para sua trajetória:
- Autoconhecimento – Explorar seus valores, paixões e talentos através de reflexão e práticas de autoconhecimento;
- Experimentação – Não ter medo de tentar coisas novas e sair da zona de conforto;
- Conexões sociais – Conversar com pessoas inspiradoras e que ofereçam diferentes perspectivas;
- Terapia – Um profissional da psicologia pode auxiliar na exploração de sentimentos e crenças, facilitando a descoberta do propósito;
- Paciência – Por se tratar de um processo gradual, celebrar cada pequena conquista é fundamental.
A influência da ansiedade
O professor evidencia que a ansiedade e a dificuldade em encontrar um significado para viver estão intrinsecamente ligadas, de forma complexa. “Essa relação se manifesta de diversas formas e pode intensificar o sofrimento emocional de muitas pessoas. A ansiedade, com seus pensamentos catastróficos e preocupação constante, pode tornar nebulosa a visão sobre o futuro e dificultar a identificação de valores e objetivos”.
Por outro lado, a falta de um sentido claro pode gerar um vazio existencial que intensifica a ansiedade. O docente salienta que esse ciclo vicioso pode ser quebrado através de estratégias como terapia, técnicas de relaxamento, mudanças de hábitos e comportamentos e a realização de atividades que promovam valores e virtudes. “É importante lembrar que a jornada para encontrar um novo sentido é gradual e que a ajuda profissional pode ser fundamental nesse processo”.
Para Roni Raggi, o Setembro Amarelo desempenha um papel crucial ao promover a saúde mental e a conscientização sobre a prevenção do suicídio. “A campanha incentiva a busca por ajuda e a criação de redes de apoio. Ao quebrar tabus, informar a população, mobilizar a sociedade e valorizar a vida, essa iniciativa contribui para um mundo mais acolhedor e seguro, ação fundamental para construir uma sociedade mais justa e humana”.
O docente reforça que construir um ambiente seguro e acolhedor para pessoas em sofrimento emocional é fundamental. “Famílias, amigos e todos nós podemos fazer a diferença ao estarmos presentes, ouvindo sem julgamentos e oferecendo apoio. É importante observar sinais de alerta, como isolamento e mudanças de comportamento, e incentivar a procurar auxílio profissional. A comunidade também pode contribuir promovendo a conscientização sobre saúde mental, criando grupos de apoio e combatendo o estigma. Ao cuidarmos uns dos outros, atuamos para prevenir o sofrimento e construir uma humanidade mais solidária”.
Sobre a Una
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