Santuário do Caraça comemora o sucesso do primeiro Ancestral – Festival Cultural do Queijo e do Vinho

Destino turístico recebeu produtores, visitantes e autoridades durante o evento que promoveu experiências gastronômicas e difusão de conhecimentos

 

O último sábado (04) foi movimentado no Santuário do Caraça. Sob um clima ameno e um dia ensolarado, o local sediou a primeira edição do “Ancestral – Festival Cultural do Queijo e do Vinho”, com produtores de diversas regiões do Estado, oferecendo uma ampla variedade de produtos para degustação. Foi uma oportunidade única para os hóspedes e visitantes fazerem uma viagem à origem dos vinhos finos e do queijo artesanal no Brasil.

 

O Santuário do Caraça, que está prestes a completar 250 anos de fundação, se tornou um reduto de resgates históricos por meio de aromas e sabores. “Realizamos muito mais do que um festival, foi um movimento cultural que buscou valorizar e resgatar a essência dos queijos artesanais e dos vinhos finos produzidos em Minas Gerais. Os visitantes puderam se conectar com a história e a tradição desses produtos que fazem parte da identidade cultural do estado”, disse o gerente geral Pablo Azevedo.

 

Em um cenário inspirador, em meio as ruínas do antigo Colégio, as experiências gastronômicas ficaram por conta de cinco produtores de queijos da região do Entre Serras Piedade do Caraça e sete vinícolas de Minas Gerais e do Distrito Federal. “A nossa intenção é que o Ancestral seja um evento de calendário, ou seja, já estamos pensando na próxima edição”, revela Pablo Azevedo.

 

O festival contou com a presença de autoridades, como o Prefeito de Santa Bárbara, Alcemir Moreira, e o Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, que inclusive, pernoitou no destino turístico. ” Fiquei lá esperando os lobos e foi uma das noites mais lindas que tive neste ano. Jantei em um refeitório religioso com uma fornalha de lenha imensa. Depois, tomei o café da manhã na chapa, preparando parte do meu próprio café da manhã. É uma experiência absolutamente única. Estou realmente em estado de graça”, disse o representante do Governo de Minas.

 

O evento contou ainda com as palestras de Angélica Bender e Daniel Arantes, pesquisadores da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), que compartilharam informações interessantes sobre as origens do vinho mineiro e do Queijo Minas Artesanal. Na ocasião, a EPAMIG também lançou o Informe Agropecuário, que nesta edição teve como tema os queijos artesanais mineiros, contribuindo para a disseminação do conhecimento sobre esse importante patrimônio gastronômico.

 

Sobre o Santuário do Caraça

Considerado um dos principais destinos turísticos de Minas Gerais, o Santuário do Caraça recebe visitantes de diversas partes do mundo à procura de experiências em meio à natureza, gastronômicas, históricas, culturais e religiosas. Por isso, é um importante indutor econômico na região e uma das vitrines que mostram o Estado para o planeta.

 

O complexo é tombado como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Estadual. Foi escolhido como uma das Sete Maravilhas da Estrada Real. Conta com um amplo Conjunto Arquitetônico onde estão a primeira igreja de estilo neogótico do Brasil, o prédio do antigo Colégio (hoje Museu e Biblioteca), a pousada com 57 apartamentos e quartos, e a Fazenda do Engenho, com 26 apartamentos.

 

O local possui enorme diversidade de fauna e flora, com raridades de animais e plantas no meio ambiente. Na ampla diversidade de sua fauna, há 386 espécies de aves, 42 espécies de répteis, 12 espécies de peixes e 76 espécies de mamíferos. A Reserva Particular do Patrimônio Natural do Santuário do Caraça faz parte de duas importantes reservas ecológicas, as Reservas da Biosfera da Serra do Espinhaço Sul e a da Mata Atlântica, onde há diversas espécies de flora e fauna, algumas encontradas somente no Complexo do Santuário do Caraça, que fica na transição entre Mata Atlântica e Cerrado.

 

Em suas serras há nascentes, ribeirões e lagos que possuem águas de coloração escura, que carreiam material orgânico em suspensão. Seu solo é rico em minérios, explorados nos séculos anteriores, e com grande concentração de quartzito ou rocha metamórfica. Desde 2011, passou a ser preservado contra exploração comercial. O território do Complexo do Caraça integra a Área de Proteção Ambiental ao Sul da Região Metropolitana de BH, onde começam duas grandes bacias hidrográficas, a do rio São Francisco e a do rio Doce, que abastecem aproximadamente 70% da população de Belo Horizonte e 50% da população de sua região metropolitana.

 

Santuário do Caraça

Local: Estrada do Caraça, Km 9 – Entre os municípios de Catas Altas e Santa Bárbara – CEP 35960-000

Fácil acesso pelas rodovias BR 381 e MG 436, além do da possibilidade de ir por trem (Estação Dois Irmãos – Barão de Cocais)

Taxa entrada:

R$ 25 (em dias de semana)

Finais de semana, feriados e datas comemorativas:

R$35 (por pessoa).

Idosos: 50% de desconto.

Moradores de Barão de Cocais, Catas Altas e Santa Bárbara possuem 50% de desconto.

Entrada gratuita na 1ª quarta-feira de cada mês (mediante agendamento)

 

Site com opções de hospedagenswww.santuariodocaraca.com.br  

Instagram@santuariodocaraca

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Relacionados
Leia mais

A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG) apresenta mais uma edição dos “Concertos da Liberdade – Série Pianíssimo”. Os músicos sobem ao palco do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, sob a regência da maestra titular Ligia Amadio, no dia 9 de julho, às 20h, interpretando obras do romantismo alemão, do repertório camerístico e sinfônico de tradição europeia. O concerto contará com a participação especial do pianista brasileiro Jean Louis Steuerman. Os ingressos estão à venda na bilheteria do Palácio das Artes e pela plataforma Eventim, a R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada). No dia 8 de julho, a OSMG apresenta trechos do repertório gratuitamente ao meio-dia, sem retirada prévia de ingressos. O programa inclui obras de três grandes compositores. No início da noite, o violinista Alexandre Kanji, spalla da OSMG, e o pianista convidado Jean Louis Steuerman interpretam uma delicada e expressiva obra de Clara Schumann, “Romance nº 3 para violino e piano”. Dialogando com a obra de Clara, na sequência será apresentado “Concerto para piano e orquestra em lá menor”, de seu marido, Robert Schumann. O programa se encerra com a “Sinfonia nº 1 em dó menor”, de Johannes Brahms. A sinfonia levou cerca de vinte anos para ser finalizada, sendo que em 1868 Brahms enviou uma carta a Clara, sua amiga de longa data, esboçando a melodia da trompa alpina que surgiria no fim da peça. “Concertos da Liberdade – Série Pianíssimo” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH, da ArcelorMittal e da Usiminas, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (LEIC) e por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução. Uma vida dedicada ao piano – Destaque da noite, o pianista convidado Jean Louis Steuerman nasceu no Rio de Janeiro, começando suas lições no instrumento aos quatro anos de idade. Steuerman ganhou reconhecimento como solista e recitalista internacional depois de conquistar, em 1972, o segundo lugar no Concurso Johann Sebastian Bach, em Leipzig. Fez grandes turnês na Europa – onde radicou-se –, América do Norte e Japão, apresentando-se nas principais séries de recitais. Como camerista, tem tocado com alguns dos mais renomados músicos internacionais. Segundo Steuerman, é uma grande alegria poder tocar peças do período romântico em conjunto com a OSMG. “O romantismo alemão, tanto no pensamento, na literatura, pintura, mas especialmente na música nos trouxe o que temos de mais precioso em nossa cultura. Fico feliz de poder colaborar com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais para trazer ao público mineiro essa incrível beleza, um dos patrimônios mais importantes da humanidade”, afirma o pianista. Uma pianista prodígio – O programa inicia-se com uma composição de Clara Schumann, grande pianista do século XIX. Nascida na Alemanha, em 1819, foi uma das poucas mulheres compositoras do romantismo. Filha de um professor de piano, Friedrich Wieck, e uma musicista, Marianne Bargiel, Clara começou a ter lições com o pai com apenas cinco anos de idade. Ela estabeleceu uma reputação de criança prodígio na Europa, sendo comparada, na adolescência, a grandes mestres, como Liszt e Chopin. Em 1840, ela se casou, a contragosto do pai, com Robert Schumann. O casal teve oito filhos entre 1841 e 1854. Nesse período, Clara realizou cento e cinquenta concertos. Após o casamento, dedicou-se a promover a música de Schumann, deixando de compor e passando a corrigir as peças produzidas pelo marido. Em 1854, Robert se internou em um hospital psiquiátrico, onde faleceu dois anos depois. Pouco antes de sua internação, a família desenvolveu uma relação de proximidade com Johannes Brahms, com quem Clara manteve amizade após o falecimento do marido. A pianista realizou uma série de turnês e, ao final da vida, também voltou-se para o ensino em uma escola em Frankfurt. Ao longo de sua vida, deixou uma série de composições, incluindo peças orquestrais – entre elas um concerto para piano –, música de câmara e solos de piano. Concertos da Liberdade – Série Pianíssimo Data: 8 de julho Horário: 12h Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro) Classificação indicativa: 10 anos Ingressos: entrada gratuita, sem retirada prévia de ingresso Data: 9 de julho Horário: 20h Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537, Centro) Classificação indicativa: 10 anos Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada) Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical. FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS. A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todas as pessoas

Após três anos marcando presença nas noites de quarta-feira na capital, o Jângal anuncia a volta do projeto…