“RETRATOS”: COLETIVO TROÁ ESTREIA ESPETÁCULO QUE ABORDA VIVÊNCIAS FEMININAS

Coletivo mineiro de mulheres faz sua estreia em diversos centros culturais de Belo Horizonte, com entrada gratuita

 

De 29 de junho a 26 de julho, o Coletivo Troá estreia a primeira temporada do espetáculo “Retratos”, em Belo Horizonte. As apresentações vão acontecer em cinco centros culturais da cidade: Zilah Spósito, Bairro das Indústrias, São Geraldo, Vila Marçola e Usina da Cultura, todos com entrada gratuita.

O espetáculo nasceu do desejo de Analu Diniz, Ludy Lins e Thais Lorena – atrizes que compõem o Coletivo -, conta com direção de montagem de Rikelle Ribeiro, dramaturgia de mariana ozório e fala sobre

temas relacionados às vivências e trajetórias de mulheres – mães, tias, avós, heroínas -, que permeiam as histórias de cada uma.

Na peça, a brincadeira é o mote para a criação narrativa e estética. “O funk, que constitui as pesquisas da Ana Martins, nossa preparadora corporal, foi a premissa para experimentar o jogo entre os corpos no espaço, o ritmo, a sacanagem, o escárnio. Um exercício de atenção e aceitação das nossas próprias imagens”, explica Analu Diniz.

A direção vocal e musical, assinada por Michele Bernardino, segue a mesma tônica: “A gente queria experimentar o canto em cena, mesmo sem saber cantar muito bem. Miramos em letras que pudessem comunicar algo, passar a mesma mensagem que o projeto previa, e a própria Michele compôs duas das músicas que estão na peça”, aponta Thais Lorena.

“O trabalho tem sido, para mim, um processo de reconhecimento em vários sentidos. Reconhecer o que sou e o que já fui enquanto mulher, como fui e sou formada pelas mulheres da minha família, relembrar as coisas que já passei pelo simples fato de ser mulher. E, ao me juntar a Analu e a Thais, percebi como as minhas vivências são parecidas com as delas, mesmo que em caminhos distintos. Construir o espetáculo partindo de quem nós somos tem fortalecido esses processos cada dia mais”, diz Ludy Lins.

Para Thais, é um espetáculo leve e descontraído. “Acho que o público pode se relacionar com essas vivências, em especial, mulheres, que podem ter passado pela mesma coisa que estamos encenando. É constatar que a experiência que uma mulher passa não é única, e que essas histórias, principalmente familiares, são vivenciadas por todas nós. Acho que o público pode se emocionar, rir, se divertir, e pode encontrar um lugar de aconchego, ser acolhido.”

“O fato de sermos três mulheres em cena, amparadas por uma equipe exclusivamente composta por mulheres, evidencia não somente as nossas escolhas de trabalho, mas, também, o apreço ao serviço de profissionais que muitas vezes são invisibilizadas no setor teatral, quando assumem uma função técnica ou de coordenação de um processo criativo. A diversidade racial e sexual da equipe também foi fundamental para a construção do discurso que levamos para a cena. E apesar de parecer uma criação muito formal, vinda de um coletivo que surgiu na academia, foi o deboche que nos trouxe até aqui. Nos debruçamos em pesquisas, obviamente, como dados estatísticos sobre a violência contra a mulher no país, mas a fofoca e a ironia foram grandes pilares para darmos conta de um tema tão denso”, finaliza Analu.

Para assistir ao espetáculo, a entrada é gratuita em todos os Centros Culturais, com senhas distribuídas 1h antes do início.

Sinopse _____________________

Criado pelo Coletivo Troá, o espetáculo aborda histórias de figuras femininas, heroínas às suas formas, que perpassam e/ou perpassaram a vida de cada uma das integrantes do coletivo. Mães, tias, avós, gerações de mulheres que nos antecederam e que abriram caminhos para que pudéssemos passar, com trajetórias que intercruzam as trajetórias de várias outras na memória coletiva.

Serviço ____________________________

COLETIVO TROÁ ESTREIA “RETRATOS”

Data: de 29 de junho a 26 de julho (sextas e sábados)

Horário: sempre às 15h30 (exceto dia 26/07, às 20h)

Locais:
29/06: Centro Cultural Zilah Spósito
Rua Carnaúba, 286 – Zilah Sposito, BH/MG, 31787-210
06/07: Centro Cultural Bairro das Indústrias
Rua dos Industriários, 289 – Indústrias I (Barreiro), BH/MG, 30610-280
19/07: Centro Cultural São Geraldo
Rua Silva Alvarenga, 548 – São Geraldo, BH/MG, 31050-640
20/07: Centro Cultural Vila Marçola
Rua Mangabeira da Serra, 320 – Marçola, BH/MG, 30220-265
26/07: Centro Cultural Usina da Cultura
Rua Dom Cabral, 765 – Ipiranga, BH/MG, 31160-150

Entrada franca – com senhas distribuídas 1h antes do espetáculo
Classificação: 12 anos

Ficha Técnica

Direção: Rikele Ribeiro

Elenco: Analu Diniz, Ludy Lins e Thais Lorena

Dramaturgia: mariana ozório

Direção Vocal, Musical e Composição das músicas “Quem me Vê?” e “Gosta de Mim”: Michele Bernardino

Preparação Corporal: Ana Martins

Maquiagem e Figurino: Ludy Lins e Thais Lorena

Cenografia: Carolina Gomes

Iluminação: Gabi Zani

Identidade Visual e Design Gráfico: Carolina Cândido

Fotografia: Priscila Natany

Registro Audiovisual: Pato Filmes

Produção: Verônica Maria

Produção Executiva: Ludy Lins

Realização: Coletivo Troá

Agradecimentos: Teatro Universitário da UFMG

Espetáculo realizado com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte.

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