Quando abrir é também uma escolha: os horários fora da curva de restaurantes em BH

Casas como Cozinha Santo Antônio, A Casa da Agnes, Righi Gastronomia e Albertina desafiam o modelo tradicional e apostam em horários alternativos e experiências pontuais para receber o público

Em um cenário cada vez mais voltado à experiência e menos à rotina, alguns restaurantes de Belo Horizonte têm feito do horário de funcionamento uma extensão do próprio conceito. Nada de abrir todos os dias para almoço e jantar. Cozinhas autorais e operações de menor escala têm preferido desenhar seus próprios tempos de abertura — e, com isso, ampliar as possibilidades de como e quando servir.

É o caso da Cozinha Santo Antônio, que funcionava exclusivamente no almoço de terça a domingo e passou a abrir também às quintas e sextas-feiras à noite. O restaurante, comandado pela chef Ju Duarte, propõe uma cozinha mineira afetiva e bem executada, com pratos que fazem referência a personagens históricos, ingredientes locais e modos de fazer tradicionais.

Na Casa da Agnes, o almoço vai de terça a sábado. À noite, a casa só abre em datas especiais, como nas noites com chefs convidados — entre eles, o Sá Marina, que já participou de jantares colaborativos no espaço. São encontros pensados para quem busca experiências mais intimistas, divulgadas com antecedência e mediante reserva.

Righi Gastronomia abre ao público apenas uma vez por semana, nas noites de quinta-feira, com menu degustação que muda a cada edição. É quando os chefs Guilherme e Yzabella Righi recebem os clientes em seu ateliê, com uma proposta mais próxima e artesanal.

Já a Albertina, que funciona de quarta a sábado, tem apostado em formatos alternativos. Recentemente, testou brunchs aos domingos com chefs convidados e passou a abrir eventualmente à noite com a Faixa Bono’z, sua versão dedicada às pizzas de fermentação longa.

Com programações enxutas, mas bem planejadas, esses restaurantes mostram que nem sempre abrir todos os dias — ou em todos os turnos — é sinônimo de qualidade ou sucesso. Ao priorizar o tempo, a proposta e a experiência, eles reafirmam que cada escolha de funcionamento é também uma forma de contar uma história.

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