Na madrugada de sexta-feira para sábado, dia 18 de julho de 2025, a sede da Associação Casa Maria Madalena, localizada na Rua Waldemar Pequeno, 33, no bairro Jardim Alvorada, em Belo Horizonte, foi arrombada e invadida por criminosos, que levaram praticamente tudo o que encontraram pela frente.
Ao chegar ao local, a presidente da ONG, Maria Madalena, conta que o cenário encontrado foi desolador. “Muita destruição, as portas e as janelas foram arrancadas, as cadeiras de rodas, macas hospitalares, chuveiros, torneiras, banheiras infantis, kits para recém-nascidos, alimentos e materiais de construção foram todos roubados. Até itens como geladeiras e mesas tentaram levar”, contabiliza.
A fundadora da ONG Casa Maria Madalena chegou ao local sozinha e se deparou com a devastação. “Foi um choque muito grande. Tudo quebrado, tudo que tínhamos foi roubado. Anos de trabalho, e eu construí tudo isso com meu esforço, coloquei e coloco muito do meu próprio salário. O que ganho coloco aqui para levantar a ONG”, explica Madalena que acredita que Deus lhe deu essa missão de cuidar de famílias necessitadas. “Há mais de 25 anos eu atuo voluntariando e jamais imaginei passar por isso”, conta emocionada.
Sobre a Casa Maria Madalena
Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, atuante na capital mineira, na região metropolitana, com ações que também se estendem a outros estados e até países como a África. “Mais de 35 mil famílias já foram atendidas com doações de alimentos, agasalhos, kits de higiene, móveis e encaminhamentos para o mercado de trabalho”, explica.
Madalena pontua que o impacto do crime é devastador não apenas pelo prejuízo material, mas pelo abalo em um projeto construído com sacrifício, fé e dedicação ao próximo. As atividades foram suspensas, e famílias que buscavam ajuda naquela manhã voltaram para casa sem atendimento. “Eu tive que colocar uma placa: ‘Fechado por motivo de roubo. Foi muito doloroso ver as pessoas chegando, confiando em nós, e eu sem poder fazer nada”, conta Maria Madalena. Ela já fez Boletim de Ocorrência e clama às autoridades competentes mais segurança no seu bairro, que tem sido alvo de muitas ações dessa natureza.
A ONG agora busca apoio da comunidade, do poder público e de parceiros para conseguir reestruturar o espaço e retomar os atendimentos. A fundadora reforça que, apesar da dor, não irá desistir da missão que Deus colocou em seu coração.
A Associação vai abrir uma Vakinha para pedir ajuda neste momento difícil.