Museu Mineiro promove oficina gratuita de joias têxteis com materiais diversos que seriam descartados

Larissa Campello
Atividade faz parte da programação exposição “Nós”, em cartaz até o dia 16 de outubro

Na próxima terça-feira (8/10), o Museu Mineiro será palco da “Oficina de joias têxteis”, conduzida pela artista e professora Dulce Couto. A atividade, que disponibiliza 20 vagas, será realizada às 10h, é totalmente gratuita, mediante inscrição prévia neste link, e faz parte da programação da exposição temporária “Nós”, em cartaz no Museu até o dia 16 de outubro.

Na “Oficina de joias têxteis” serão utilizados resíduos de tecidos para criação das peças e o participante passará por toda a etapa de produção, utilizando materiais que seriam descartados. Além disso, é uma ótima oportunidade para conhecer a exposição temporária “Nós”, com curadoria de Dulce, que apresenta trabalhos produzidos por um coletivo de 60 pessoas com deficiência, a partir de tecidos descartados pela indústria têxtil.

A produção de joias é uma prática ancestral presente na maioria das culturas. Desde os tempos mais remotos, adornar o corpo cumpria uma necessidade estética, social, hierárquica e até mesmo religiosa. Os acessórios eram produzidos com ossos, madeiras, sementes e, mais tarde, passaram a ser produzidos com metais. Na contemporaneidade e, dentro de uma consciência sustentável, a arte da joalheria também é produzida com materiais oriundos de resíduos de plásticos, vidros e tecidos.

Exposição “Nós”

Até o dia 16/10, o Museu Mineiro celebra a diversidade artística com a exposição “Nós”. A mostra apresenta trabalhos produzidos por um coletivo de 60 pessoas com deficiência, a partir de resíduos e tecidos descartados pela indústria têxtil.

Coordenado pela artista e professora Dulce Couto, que também assina a curadoria da exposição, o trabalho foi desenvolvido durante oito meses no espaço de criação artística na Escola de Ensino Especial Santo Antônio, em BH.

A experiência abriu novos espaços, fazendo ecoar as vozes impregnadas de expressões nunca antes ouvidas, mostrando algo novo. “Como resultado, vale a reafirmação de suas identidades, a valorização da memória, a ampla exploração de sentidos plásticos e poéticos completamente inesperados”, diz Dulce.

Museu Mineiro

Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcar de Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.

Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.

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