Ministério da Saúde realiza evento para debater o impacto da desinformação na saúde da população

Matheus Damascena/MS

Nesta segunda-feira (5), data em que é comemorado o Dia Nacional da Saúde em homenagem ao nascimento do médico e cientista Oswaldo Cruz, o Ministério da Saúde promoveu o seminário Diálogos de Integridade: Combate à Desinformação na Saúde, com o objetivo de debater o impacto das notícias fabricadas sem compromisso com a verdade, na saúde da população.

“O Ministério da Saúde passa a atrelar às suas estratégias, uma ação de comunicação descentralizada e adequada, levando a mensagem de que vacinas são seguras e vacinas salvam vidas”, pontua o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Eder Gatti. A vacinação, uma das formas mais eficazes no combate a doenças que podem ser prevenidas, é a principal estratégia afetada pela desinformação.

Desde 2016, o Brasil enfrentava quedas consecutivas nas coberturas vacinais, sendo a propagação da desinformação sobre a segurança e eficácia das vacinas um dos motivos. Por isso, ainda em 2023 o Governo Federal deu início a diversas estratégias, como o programa Saúde com Ciência, o microplanejamento, o Movimento Nacional pela Vacinação, melhoria dos sistemas de informação para o registro de doses aplicadas, além da forma de se comunicar com a população. “A vacina contra a desinformação é a boa informação”, ressalta o gerente de projetos da SVSA, Edgard Rebouças.

Um dos resultados efetivos às ações de combate às mentiras foi que, ainda em 2023, após o Governo Federal colocar a vacinação como uma das prioridades da gestão, o Brasil avançou no Movimento Nacional pela Vacinação e saiu da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas no Mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

“Acompanhamos muito de perto as desinformações e como isso afeta, diretamente, as coberturas vacinais e as estratégias de vacinação. E o que a gente tenta fazer aqui é aplicar a vacina de antídoto contra a desinformação, que é exatamente a informação qualificada”, explica Edgard Rebouças.

Na mesa de abertura do evento, o coordenador-geral substituto da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, Egilson Lima, destacou que “qualquer tipo de desinformação deve ser denunciada, questionada e nunca compartilhada, porque temos a obrigação de que as informações cheguem da melhor forma possível e verídica”. Também participaram da abertura a presidente da Comissão Ética do Ministério da Saúde, Antônia Ferreira Leite, o coordenador-geral de Promoção da Integridade e Orientação Técnica, Danilo Medeiros, e o coordenador-geral de Farmacovigilância do Programa Nacional de Imunizações, Jhader Percio.

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