Lançado há 6 dias, disco “Abaixo do Radar”, de Febem, ultrapassa os 2 milhões de streams

Com produção de CESRV e influências que vão do reggaeton ao funk, novo álbum marca o sexto lançamento solo do rapper

Três anos após seu último lançamento solo, o rapper paulistano Febem colocou nas ruas na última sexta-feira (12) seu sexto projeto, intitulado “Abaixo do Radar”. Passados cinco dias, o disco já soma mais de 2,3 milhões de streams nas plataformas. Com participações de Smile (“Abaixo do Radar”) e Luccas Carlos (“Nave”), o novo trabalho traz 10 faixas e produção de CESRV.

 

“Este álbum é um teste de andar na contramão, onde conseguirei ir organicamente. Antes de ser um artista, eu amo a cultura hip-hop” , afirma o artista. Entre beats de sonoridades diversas, em meio a suas referências que vão do grime ao reggaeton, passam pelo funk e, é claro, pelo rap, Febem traz à tona temas que têm como pano de fundo a própria trajetória, de um jovem periférico buscando uma vida melhor dia após a dia. Estão lá reflexões sobre família, a vivência em São Paulo, o sucesso e críticas à indústria. Tudo embalado por rimas afiadas em seu flow único.

 

Abrindo o disco, “Abaixo do Radar” começa um trecho da Oração de São Jorge e uma reflexão do “poeta de camisa de time” sobre a própria história, as dificuldades e o progresso “acima da média, abaixo do radar”. “Vivendo o que eu sempre quis, quanto custa para ser feliz?”, Febem pergunta em “Sem Ferir Ninguém”.

 

O próprio ofício é um dos temas de “Obrigado Mainstream”, lançada como single com clipe em maio deste ano: “mentira, o que mais sai da boca de rappers, e eu, que também sou um, não fico de fora dessa”. Com participação de Luccas Carlos, “Nave” também ganhou as ruas como single, um mês antes do disco. Uma história de amor que nasceu de uma ficada é o tema de “Chucro Buarque”.

 

“Hip hop, por favor me salva”, ele pede em “Super Hip-Hop”. Em “Nóis É Isso Aí”, sentencia: “faça dinheiro, mas não esqueça de fazer história, se eles têm poder, nóis ainda têm alma”. Os versos “Várias num olhava na cara agora rende, vários diz que nóis é brabo no pessoalmente, nas costa fala bosta, releva o irrelevante” abrem a faixa “Relógio”, enquanto em “O Dobro ou Nada” lembra que “tendência, tem quem copia, tem quem lança, pensando à frente não tenho dom pra refém, só dinheiro, vários otário também têm”. Os 25 minutos de disco são encerrados com “Mais um Dia”, em que encerra a jornada perguntando “Hoje é só mais um dia, Se não for nóis, quem vai ser? Mais um dia, sou mais você e amanhã é outro dia”.

 

Sobre Febem 

Foi na época da escola que Felipe Desidério ganhou o apelido que se tornaria seu nome artístico. Cria da Vila Maria, zona norte de São Paulo, Febem moldou seu gosto musical ainda na infância absorvendo o que ouvia nas festas de família, regadas a samba, rock, pagode, soul e funk. Começou a escrever as próprias letras de rap em 2010. Oficialmente, a carreira começaria um ano depois, com o grupo ZRM. O coletivo encerrou as atividades em 2017, e Febem se dedicaria, a partir daí, à carreira solo. Desde então colocou nas ruas os trabalhos “Elevador” (2016), “Prata” (2017), “Running” (2019), “Brime” (2020), projeto com Cesvr e Fleezus, e “Jovem OG” (2021).

 

OUÇA “ABAIXO DO RADAR”

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