“JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido” Texto inédito de Jandira Martini e direção de Marcos Caruso

Fotos de Isabel Teixeira e Marcos Caruso, atriz e diretor da peça “Jandira, em Busca Do Tempo Perdido”de Jandira Martini. Julho de 2024 Foto: Roberto Setton / Divulgação

O último texto da atriz e dramaturga Jandira Martini (1945-2024) é um relato autobiográfico bem-humorado e poético sobre a tomada de consciência da finitude. O espetáculo fará duas únicas apresentações em Belo Horizonte, nos dias 3 e 4 de agosto, no Teatro do Centro Cultural Unimed–BH MINAS

 

Inspirada em sua própria jornada pessoal e dedicação ao teatro, a atriz e dramaturga Jandira Martini (falecida em janeiro deste ano) escreveu seu último texto “JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido”, no qual reflete sobre a finitude após o diagnóstico de câncer. O trabalho chega aos palcos dirigido por Marcos Caruso, amigo e parceiro da autora por mais de 40 anos, a convite do produtor Fernando Cardoso, da Mesa 2 Produções, e com a atriz Isabel Teixeira estrelando o monólogo.  Após a estreia em 20 de julho na cidade de Santos/SP, terra natal da autora, a montagem abre temporada pelo país e chega a Belo Horizonte nos dias 3 e 4 de agosto, sábado às 20h e domingo às 17h, no Teatro do Centro Cultural Unimed–BH MINAS. Os ingressos já estão à venda.

 

“JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido” marca um encontro de almas: Marcos Caruso é convidado pela Mesa 2 para dirigir o texto inédito de Jandira Martini (1945-2024), dramaturga com quem trabalhou por uma vida inteira escrevendo para o teatro e a TV, e Isabel Teixeira, um dos nomes mais importantes do teatro paulistano, com 40 anos de carreira e vários prêmios, entre eles APCA, APETESP e dois Shell. O encontro entre Caruso e Teixeira aconteceu durante as gravações da novela “Elas por Elas”, quando se aproximaram e decidiram que fariam um novo trabalho juntos, desta vez no teatro. O caminho estava desenhado – foi só trilhar. A dupla estreia “JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido”.

 

O espetáculo convida o público a um passeio pelas memórias mais marcantes da autora por meio de um texto direto, enxuto e coloquial, evocando os blocos carnavalescos da cidade de Santos, as descobertas da infância, momentos dramáticos, a vida dedicada ao teatro. Nas palavras do próprio diretor Marcos Caruso: “Concebi um espetáculo onde o absolutamente imprescindível e o essencialmente necessário estarão em cena. Essa foi a maneira que encontrei de honrar Jandira e, assim, poder continuar escrevendo com ela, para que, este ano, possamos completar nossos 40 anos de parceria”, sublinha Caruso.

Em “JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido” a personagem título fala dos dramas humanos, que a todos iguala: a tomada de consciência da finitude, da fragilidade humana e do inevitável confronto com a morte. Mas, se o tema é transitoriedade e vulnerabilidade, para além disso há uma narrativa de paixão pelo próprio ofício, pelas pessoas, vivências e, sobretudo, uma declaração de amor à vida. Em seus momentos mais difíceis, a autora busca socorro nas palavras e pensamentos de Molière, Machado de Assis, Oscar Wilde, Shakespeare e outros deuses da escrita, sua grande paixão.  E a própria Jandira define: “Um monólogo sobre uma situação imprevista, surpreendente. Uma atriz que se revela, diante de seu público, ao narrar, com humor, sua inesperada e assustadora experiência. Auto ficção? Sem dúvida. Um stand-up? Seria, se fosse cômico. E cômico não chega a ser. Nem trágico. Apenas dramático.”

Marcos Caruso define o espetáculo como “uma corajosa exposição. Uma improvável abertura de sentimentos de uma das pessoas mais fechadas que conheci. Uma peça que fala de uma dor de todos nós, com um grau elevado de bom humor e poesia. O convite da Mesa2 e dos filhos de Jandira Martini me permite continuar ao lado dela num ciclo iniciado em 1984 que resultou em muitas peças de teatro, roteiros de cinema, novelas e séries para TV. Uma escrita vitoriosa. Um grande acerto foi convidar Bel Teixeira para este papel. Bel respira e transpira teatro. Bel é Jandira”, celebra Caruso.

Jandira Martini é conhecida por suas atuações marcantes no teatro e na televisão brasileiros e também reconhecida como autora teatral de sucesso. Pelo espetáculo “O Eclipse”, dirigido por Jô Soares, Jandira ganhou o prêmio APCA de melhor texto em 2008.

A carreira como atriz começou no teatro, no final dos anos 1960, com “Joana D’Arc entre as Chamas”. Nos palcos, a trajetória de Jandira somou mais de 20 peças, entre elas, “Sua Excelência o Candidato” (atriz e autora), “Porca Miséria” (atriz e autora), “Operação Abafa” (atriz e autora), “O Eclipse” (atriz e autora) e o monólogo “Prof! Profa!”.

Na TV Manchete, foi autora e atriz da novela “Ana Raio e Zé Trovão”. No SBT, atuou em “Éramos Seis” e “Sangue do Meu Sangue”. Na Rede Globo, integrou o elenco das novelas “Sassaricando”, “O Clone”, “Caminho das Índias”, “Salve Jorge”, “Morde e Assopra” e das minisséries “Os Maias” e “A Casa das Sete Mulheres”.

 

Em Belo Horizonte, “JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido” é apresentada pelo Ministério da Cultura e pela Porto, tem produção local da Pólobh, parceria de mídia com a CDL FM, Fredizak, Jornal O Tempo, Soubh e Zanzar Mídi e realização da Mesa 2.

 

FICHA TÉCNICA

Texto: Jandira Martini . Direção: Marcos Caruso  . Elenco: Isabel Teixeira . Trilha Sonora: Aline Meyer  . Figurino: Fábio Namatame . Direção de Movimento: Renata Melo . Iluminação: Beto Bruel e Sarah Salgado . Produção Executiva: Silvia Rezende . Direção de Produção: Roberto Monteiro e Fernando Cardoso. Produção local: Pólobh . Realização: Mesa2 Produções . Assessoria de Imprensa local: Cristina Sanches (CS Comunicação e Arte).

SERVIÇO

“JANDIRA – Em Busca do Bonde Perdido

Dias 3 e 4 de agosto, sábado às 20h e domingo às 17h

Teatro do Centro Cultural Unimed–BH MINAS

(Rua da Bahia, 2.244, Lourdes)

Ingressos: R$ 100,00 (inteira), R$ 50,00 (meia)

Ingressos Populares: R$ 39,00 (inteira), R$ 19,50 (meia)

Vendas na bilheteria do teatro e na plataforma Sympla https://bileto.sympla.com.br/event/96167

ASSESSORIA DE IMPRENSA

CS Comunicação e Arte

Cristina Sanches – (31) 98489 2098

contato.cristinasanches@gmail.com

Instagram @cs.comunicacao.arte

EXTRAS

ISABEL TEIXEIRA – atriz

ISABEL TEIXEIRA é diretora, dramaturga, pesquisadora e atriz formada pela EAD. Foi integrante-fundadora da Cia. Livre de Teatro, junto à qual realizou trabalhos como atriz em TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA e UM BONDE CHAMADO DESEJO – indicada ao prêmio Shell de melhor atriz 2002 (ambas sob a direção de Cibele Forjaz). Na mesma companhia, em 2005, coordenou o projeto ARENA CONTA ARENA 50 ANOS, ganhador dos prêmios Shell e APCA do mesmo ano.

Atuou nas peças GAIVOTA, TEMA PARA UM CONTO CURTO, dir. de Enrique Diaz; RAINHA[(S)], DUAS ATRIZES EM BUSCA DE UM CORAÇÃO (prêmio Shell de melhor atriz em 2009) dir. de Cibele Forjaz; O LIVRO DE ÍTENS DO PACIENTE ESTEVÃO, dir. de Felipe Hirsch.

Foi assistente de Regina Braga no espetáculo TOTATIANDO, com Zélia Duncan em 2011. Em 2013, dirigiu a peça DESARTICULAÇÕES, monólogo realizado por Regina Braga com texto de Sylvia Molloy. Também em 2013 dirigiu o show TUDO ESCLARECIDO, com Zélia Duncan; traduziu e dirigiu a Turma 63 da EAD na peça ELEUTHERIA, de S. Beckett. Entre 2014 e 2015 estreou PUZZLE (a, b, c e d), sob a dir. de Felipe Hirsch. Entre 2013 e 2020 Atuou no espetáculo E SE ELAS FOSSEM PARA MOSCOU? (indicada como melhor atriz para os prêmios Questão de Crítica, Cesgranrio e APTR), dir. de Christiane Jatahy. Esta peça foi vista em países como Canadá, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Croácia, Alemanha e Estados Unidos, cumprindo turnê até janeiro de 2020.

Entre 2014 e 2015 dirigiu o espetáculo, ANIMAIS NA PISTA, de Michelle Ferreira e o espetáculo AGORA EU VOU FICAR BONITA, com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella. Em 2016 dirigiu a peça FIM DE JOGO, de Samuel Beckett, com Renato Borghi. Codirigiu a peça A TRAGÉDIA DA AMÉRICA LATINA, sob a dir. de Felipe Hirsch. Dirigiu a peça LOVLOVLOV, Peça Única em Cinco Choques, com texto de Isabel Teixeira, Diego Marchioro e Fernando de Proença. Em 2017 dirigiu a peça A MULHER QUE DIGITA, de Carla Kinzo.

Como integrante da Cia. Vértice de Teatro, foi convidada pelo teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo ÍTACA, de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018 e cumpriu turné mundial até 2019. Em julho de 2019, dirigiu o novo show de Zélia Duncan, TUDO É UM, estreia nacional no Sesc Pinheiros; dirigiu a peça SÃO PAULO, roteiro de Regina Braga; escreveu e dirigiu a peça PEOPLE vs PEOPLE, com Fernando de Proença e Diego Marchioro, que estreou em novembro daquele ano em Curitiba e ainda cumpre temporada.

Escreveu o Podcast em três capítulos: PEOPLE vs TESLA, para a Rumo de Cultura de Curitiba, que estreou em novembro de 2020, nas principais plataformas. Integrou o elenco da série DESALMA, de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior (temporada 1-2019 e temporada 2 – 2021); da novela AMOR DE MÃE, de Manuela Dias, direção de José Luiz Villamarim (2020); da novela PANTANAL, de Bruno Luperi, direção de Rogério Gomes (2022), trabalho pelo qual recebeu o troféu Melhores do Ano e o prêmio APCA. Em 2023 protagonizou o remake da novela ELAS POR ELAS, de Cassiano Gabus Mendes, reescrita por Thereza Falcão e Alexandre Marson, direção de Amora Mautner.

Em 2024 integra o elenco da próxima novela de Cláudia Souto, na TV Globo, VOLTA POR CIMA, direção de André Câmara. No teatro, dirige a Cia Munguzá no projeto LINHAS (dramaturgia do grupo sob sua coordenação); atua na peça JANDIRA, EM BUSCA DO BONDE PERDIDO; e colabora na dramaturgia de O FIGURANTE, que escreve com Mateus Solano (atuação) e Miguel Thiré (direção).

 

MARCOS CARUSO – diretor

Marcos Caruso atuou em mais de 35 peças teatrais de sucesso longevo no Brasil assim como em Portugal, uma dezena de vezes. Em 2017, recebeu 7 prêmios de Melhor Ator, entre eles Shell, APTR e Cesgranrio por “O Escândalo Philippe Dussaert”.

É autor de 10 textos, entre eles o fenômeno “Trair e Coçar É Só Começar”, que completou 34 anos em cartaz em 2019, sendo interrompido apenas pela pandemia. A peça integrou várias edições do Guinness Book como recordista da temporada mais longa, já foi adaptada para o cinema com direção de Moacyr Góes, e para a TV em série de duas temporadas com roteiro do próprio Caruso, exibida pelo canal Multishow.

Por “Sua Excelência, o Candidato” ganhou o Prêmio Molière de Melhor Autor, e em 1993 os Prêmios Shell e Mambembe por “Porca Miséria”.

Dirigiu as peças “S.O.S. Brasil” e “Brasil S.A.”, ambas de autoria do empresário Antônio Ermírio de Moraes (1928-2014). Dirigiu ainda “Família Lyons”, de Nicky Silver, indicada aos Prêmios Shell e Cesgranrio, com “Rogerio Fróes e Suzana Faini” à frente do elenco; e “Selfie”, peça de enorme sucesso com Mateus Solano e Miguel Thiré que, depois de longas temporadas no Rio e em São Paulo, também excursionou por Portugal.

Na TV, atuou em mais de 30 produções, entre elas as novelas “Avenida Brasil”, “Éramos Seis”, “A Regra do Jogo”, “Mulheres Apaixonadas”, “Páginas da Vida”, “Cordel Encantado”, “Joia Rara”, a nova versão da “Escolinha do Professor Raimundo” (como Seu Peru, personagem de Orlando Drummond na versão original); as séries “Chapa Quente”, “O Canto da Sereia”, entre outras tantas, na TV Globo. Escreveu as novelas “Braço de Ferro” e “Ana Raio e Zé Trovão” (a primeira e única novela itinerante da teledramaturgia brasileira, exibida na extinta TV Manchete), e dirigiu o programa “Fala Dercy”, no SBT, com Dercy Gonçalves. Recentemente, viveu o vilão Sergio Aranha na novela “Elas Por Elas”, de Alessandro Marson e Thereza Falcão, na TV Globo.

No cinema, atuou em mais de 10 filmes, entre eles “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Andre Klotzel; “Polaroides Urbanas”, de Miguel Falabella; “Irma Vap – o retorno”, de Carla Camurati; “Obra Prima”, de Daniel Filho; “Operações Especiais”, de Tomás Portella; e “O Escaravelho do Diabo”, de Carlo Milani. Escreveu quatro roteiros, entre eles “O Casamento de Romeu e Julieta”, dirigido por Bruno Barreto.

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