A cantautora divide a cena com os artistas Sidarta Riani e Jéssica Pierina em duas sessões: na Funarte MG (26.04) e no Parque Lagoa do Nado (17.05). Também em abril e maio haverá lançamentos de singles que resultam em álbum do espetáculo, previsto para este semestre.
Criado coletivamente, o musical é inspirado no universo lúdico da criança e narra as aventuras de um caracol em busca de sua casa. Em cena, poesia, teatro, brincadeiras e composições que passeiam pela sonoridade afro-brasileira e latina. A direção é de Eugênio Tadeu (Rodapião e Serelepe) e o cenário de Rai Bento (Grupo Giramundo)
A partir do dia 26 de abril, sábado, a cantora, instrumentista e compositora Irene Bertachini volta à cena de BH com apresentações gratuitas do musical “Caracol” dividindo a criação e a cena com o cantor e compositor Sidarta Riani, a atriz e cantora Jessica Pierina e os músicos Cici Floresta e André Oliveira. Idealizado por Irene e dirigido por Eugênio Tadeu (Rodopião e Serelepe), o espetáculo narra com poesia, teatro, brincadeiras e composições de sonoridade afro-brasileira e latina, as aventuras de um caracol à procura de sua casa. Ao longo de abril e maio, a cantora lança no Spotify, Youtube e Apple Music, uma série de singles autorais do “Caracol” que, entremeados às falas do espetáculo, resultam em um EP. (pequeno álbum) que estará disponível ainda este semestre, nas plataformas, com participações especiais de Júlia Tizumba, Lilian Amaral – uma das criadoras do espetáculo – e parceria com a moçambicana Lenna Bahule, e os mineiros Rapha Salles e Edimilson Pereira. Estão previstos também lançamentos dos clipes e visualizers de cada música, criados pelo videomaker Jackson Abacatu, com ilustrações da Amma (prêmio Jabuti).
As apresentações do espetáculo “Caracol” acontecem nos dias 26.04, sábado, na Funarte MG, às 16h, com retirada gratuita pelo Sympla. No dia 17.05, sábado, às 16h a apresentação acontece na Tenda do Casarão do Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado e também tem entrada franca. Gênero: cênico-musical. Classificação: Livre. Duração: 50 min. Já os lançamentos dos singles e clipes acontecem ao longo de abril e maio: “Olha essa casinha”, no dia 20.04, domingo, “Flep Flep”, no dia 02.05, sexta-feira, e “Corredeira do Tempo”, no dia 10.05, sábado. +Info.: Instagram @irenebertachini e @ireneparacriancas. O espetáculo e o EP (novo álbum) integram o projeto de “Circulação Caracol” que possui apoio da Funarte MG, patrocínio da MGS e é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.
EP “Caracol” chega às plataformas neste semestre
O álbum chega ainda no primeiro semestre deste ano às plataformas Spotify, Youtube e Apple Music e vai reunir seis canções autorais do espetáculo “Caracol”, entrecortadas por falas do espetáculo. As canções têm parceria da moçambicana Lenna Bahule e dos mineiros Julia Tizumba e Rapha Salles. Também serão lançados um clipe e um visualizer de cada música. As ilustrações dos clipes são da artista visual Amma (prêmio Jabuti) e o roteiro e direção das animações de Jackson Abacatu. “A ideia é propor um álbum lúdico, que valorize o universo da criança e a contação de histórias que combina diversas linguagens como a música e o teatro, assim como é ‘Caracol’ em cena”, comenta Irene Bertachini. O EP foi gravado no estúdio do Cabelin, gravado, mixado e masterizado pelo André Oliveira. Serão lançadas mais duas faixas no final de maio com poesias do poeta Edmilson Pereira.
Em “Caracol” – música tema da montagem disponível nas plataformas desde o ano passado-, o público embarca na odisseia de um caracol para encontrar sua casa. O artista Rodrigo Simões assina a animação do single ao lado de Jackson Abacatu.
O single “Olha essa casinha” possui arranjos de Aline Gonçalves. Composta por Irene, Lilian Amaral, Sidarta Riani e André Oliveira, a canção brinca com as características dos objetos através do olhar fantástico da criança que propõem sugestões engraçadas de casas para o pequeno serzinho. “Caixa de fósforo, bola, mala, sombrinha viram casinhas imaginárias para contentar o caracol exigente, e também viram elementos sonoros durante a música”, conta Bertachini. Além da percussão de Cici Floresta, a música conta com baixo e violão de André Oliveira, vibrafone de Natalia Mitre, vozes de Jessica, Sidarta e Lilian Amaral, além da flauta e interpretação do caracol de Irene Bertachini.
“Flep flep” – composta pela artista moçambicana Lenna Bahule em parceria com Irene e Lilian Amaral – traz nova roupagem com arranjo da carioca Aline Gonçalves e sons eletrônicos propostos pelo produtor musical André Oliveira. A faixa retrata mais momentos da aventura do Caracol, quando é colocado pelas crianças dentro de uma mochila. Lá ele conhece novos objetos para chamar de sua nova casa, porém, não esperava ter problemas com os antigos moradores. Na faixa, vozes e cavaquinho de Sidarta Riani, vozes de Jessica Pierina e Irene Bertachini, vozes, violão de aço, baixo e sons eletrônicos de André Oliveira e cajón de Cici Floresta.
“Corredeira do tempo” conta com a participação de Julia Tizumba na voz e na caixa de folia. Composta por Irene Bertachini, Rapha Salles e André Oliveira, a faixa traz reflexão do Caracol para sua própria casinha interior, sua natureza. Sobre ampliar o olhar e ver mais além, para enxergar os caminhos que levam a si, e que todo esse tempo que ele atravessa a sua casa estava sempre com ele. A faixa conta com vozes de Irene Bertachini, voz e caixa de folia de Julia Tizumba, caixa de folia e patangome de Cici Floresta e André Oliveira nas violas e baixo.
O Espetáculo “Caracol”
Em “Caracol”, espetáculo inspirado no universo lúdico da criança e suas possibilidades, narra as aventuras de um caracol em busca de sua casa. Em cena, Irene e os artistas cênicos Sidarta Riani e Jéssica Pierina, acompanhados por Cici Floresta (percussão) e André Oliveira (violão), apresentam ao público um espetáculo brincante, poético, com referências e sonoridades afro-brasileiras e latinas.
“Caracol carrega a própria casa e está seguro por onde quer que ele vá. ‘Caracol-lar’: a capacidade de sentir-se seguro sempre começa com sentir-se em casa, com os próprios corpos e corações”, contextualiza Irene Bertachini. Símbolo de crescimento pessoal e proteção em diversas religiões de matriz africana, budista ou mesmo no espiritismo e catolicismo, o Caracol chamou a atenção de Irene: “como vive um bichinho que carrega sua própria casa nas costas? Será que nós também temos essa potência, esse poder interior de carregarmos os próprios lares?”, reflete. Segundo a artista, a partir da metáfora do caracol, a proposta é trazer ao público infantil e adulto, uma experiência divertida sobre a descoberta de si mesmo, a relação com a construção da própria identidade e seu desabrochar.
O musical nasce do contato de Irene com a obra infantil do poeta, professor, ficcionista, ensaísta e pesquisador da cultura e da religiosidade afro-brasileira, Edimilson Pereira. “Quando comecei a esboçar o espetáculo, queria referenciar autores negros e autores que tem uma trajetória na cultura afro-brasileira. Pesquisei vários e já conhecia o Edimilson. Só não sabia da existência de suas obras para criança e me apaixonei”, conta.
No texto escrito a muitas mãos pelos intérpretes Irene Bertachini, Sidarta Riani, Lilian Amaral (montagem original) e assinado também por Eugênio Tadeu, há poemas de Edimilson, retirados dos livros infantis “Reizinho do congo” e “Poemas para ler com as mãos”. Irene escolheu e musicou três poesias que tratavam de tradições negras, como a capoeira, o reinado e o batuque. “Com Sidarta e Lilian elencamos outras duas que falavam sobre encontrar o próprio caminho nessa roda que é a vida. E assim fomos tecendo o percurso de formação da identidade do caracol, atravessado por elementos da afro-brasilidade e de outras culturas”, comenta.
Em “Caracol”, as canções fazem um passeio pela musicalidade da cultura popular afro-brasileira, da MPB e de outros países da América Latina, com canções de três compositores argentinos – Ruth Maria Hillar e Juan Sebastian (ambos do grupo Canticuénticos), Luis Pescetti e Marta Gomez, além de temas autorais de Irene Bertachini, Sidarta Riani, Raphael Salles e Lilian Amaral, e uma música vinda do além-mar, assinada pela compositora moçambicana Lenna Bahule. “Seja na escolha do repertório ou na criação das músicas, privilegiamos canções que trouxessem riqueza e diversidade de ritmos e tradições populares, o que resultou em uma trabalho de musicalidade única”, diz.
O espetáculo conta ainda com a colaboração artística da atriz circense Adriana Morales (Grupo Trampulim) que realizou uma oficina de palhaçaria com os intérpretes. A iluminação é de Flávia Mafra, o cenário de Raí Bento (Grupo Giramundo) e os figurinos de Manuela Rebouças.
Sobre Irene Bertachini
IRENE BERTACHINI (BH) é cantora, compositora, flautista e educadora musical. Lançou seu primeiro CD solo, Irene preta, Irene boa, em 2013. Já se apresentou em Minas Gerais, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro, Uruguai, México, Espanha, Bélgica, França, Alemanha e Portugal. É uma das idealizadoras do Coletivo A.N.A. e diretora artística do CD “ANA”, lançado em 2014. É integrante do grupo Urucum na Cara, com o qual lançou o disco “À beira do dia”. Irene fez participações como compositora e cantora no CD “Elas de Minas”. Lançou em 2017 o CD “Revoada” em duo com Leandro César, álbum premiado pelo BDMG Cultural considerado o melhor CD autoral de 2017. Lançou em 2017 o CD do espetáculo musical “Lili Canta o Mundo”, inspirado na obra “Lili inventa o mundo”, de Mário Quintana, em duo com Cristiano Gouveia e com participação de Aline Cântia.
SERVIÇO
Apresentações “Caracol” + Lançamento de Álbum
26 de abril, sábado, 16h
Local: Funarte MG (Rua Januária 68 – Centro)
Retirada antecipada e gratuita pelo Sympla
17 de maio, sábado, 15h
Centro Municipal Fazenda Lagoa do Nado
(Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904, Itapoã)
Acesso gratuito
Lançamento dos singles, clipes e visualizer
“Olha essa casinha” – 20.04, domingo
“Flep Flep” – 02.05, sexta-feira
“Corredeira do Tempo” – 10.05, sábado
Mais informações: Instagram @irenebertachini @ireneparacriancas