A REGÊNCIA É DO MAESTRO CONVIDADO, O HOLANDÊS VINCENT DE KORT
O vencedor do concurso Rainha Elisabeth da Bélgica de 2023 – o sul-coreano Taehan Kim – se apresenta pela primeira vez no Brasil interpretando algumas das canções mais pungentes do repertório local alemão com a Filarmônica de Minas Gerais, nos dias 10 e 11 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. O regente convidado Vincent de Kort complementa o programa com uma das sinfonias mais célebres de Schubert, a Sinfonia nº 8, “Inacabada”, e todo o contraste contido nos prelúdios sinfônicos da ópera Lohengrin de Wagner. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).
Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Inter, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, conta com o patrocínio da Gasmig. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.
Vincent de Kort, regente convidado
Muito prestigiado, o maestro holandês Vincent de Kort colabora com solistas renomados mundialmente. Após uma carreira como violoncelista, estreou como regente em 1995, com a Orquestra Filarmônica de Oslo, a convite de seu mentor, Mariss Jansons. Ganhou reconhecimento internacional em 1997, ao substituir Gennady Rhozdestvensky, regendo a Orquestra Jovem da União Europeia com o solista Radu Lupu no Royal Concertgebouw Amsterdam. Como maestro convidado, já atuou em grandes casas de ópera e festivais, como a Ópera Real Sueca, o Teatro Mariinsky, o Bolshoi, além de conduzir a Filarmônica de Rotterdam, a Orquestra Métropolitain de Montreal, e outras. Foi maestro principal convidado da Sinfônica de Zurique e é fundador da orquestra internacional de câmara Sinfonietta Europeia e do Festival de Ópera Alden Biesen. Estudou com Mariss Jansons e Ilya Musin, além de ser assistente de Bernard Haitink e William Christie. Fora dos palcos, Kort foi presidente do júri no programa Maestro da TV holandesa e é jurado em competições internacionais. Em 2019, lançou o livro A Magia do Maestro. É também fã de boxe e corredor de maratonas.
Taehan Kim, barítono
Taehan Kim é um jovem e promissor barítono sul-coreano. Formado pela Faculdade de Música da Universidade Nacional de Seul, venceu uma série de competições internacionais de canto, incluindo o Primeiro Prêmio do Concurso Rainha Elisabeth e o Prêmio do Público no Operalia, ambos em 2023. Outras conquistas recentes incluem o Troféu Brian Dickie para Jovens Talentos no Concurso Neue Stimmen, o segundo lugar no Concurso de Música Vocal de Gwangju e prêmios especiais nos concursos Riccardo Zandonai e Tenor Viñas. Músico em início de carreira, Taehan Kim realiza sua primeira turnê internacional como solista nesta temporada, passando por Brasil, Bélgica e Coreia. Também neste ano iniciará seus estudos na Ópera Estatal de Berlim. No programa de sua estreia com a nossa Orquestra, estão clássicos do repertório vocal alemão escritos por Wagner, Mahler, Richard Strauss e Korngold.
Repertório
Richard Wagner (Leipzig, Alemanha, 1813 – Veneza, Itália, 1883) e a obra Lohengrin: Prelúdios dos Atos I e III (1846/1847)
É comum que a obra de Richard Wagner seja dividida em três fases distintas: formação (1832 a 1840), transição (1841 a 1848) e maturidade (1849 a 1883, ano de seu falecimento). Essa organização temporal marca, com didatismo, o processo de desenvolvimento de uma linguagem musical e dramática singular e progressivamente ambiciosa, que desponta de modo ainda bastante incipiente nas primeiras óperas para depois se expandir com ímpeto transgressor e profunda originalidade.
Lohengrin é o sexto drama completo escrito por Wagner e marca o final da sua fase de transição. Junto a O Navio Fantasma e Tannhäuser, forma a trinca de óperas de inspiração romântica – ou Romantische Oper, como ele próprio as chamava. São trabalhos em que o compositor alemão ainda se pautava por formas relativamente tradicionais, como a grand opéra francesa, mas já prefere escrever os próprios libretos e demonstra interesse por lendas e mitos antigos.
De inspiração arturiana, a trama se passa na Antuérpia medieval e tem como protagonistas Elsa, uma bela jovem acusada de assassinar o irmão do poderoso Duque Telramond, e o cavaleiro misterioso que vem ao seu resgate em um barco puxado por cisnes, Lohengrin. Na obra, encontramos o primeiro uso realmente sistemático dos temas recorrentes associados a personagens ou situações específicas – os famosos leitmotifs wagnerianos – que seriam elaborados posteriormente na tetralogia O Anel de Nibelungo.
Os Prelúdios do primeiro e do terceiro ato estão entre os trechos mais conhecidos de Lohengrin, que foi estreada em 1850, em Weimar, sob regência de Franz Liszt. O Prelúdio do Ato I apresenta, entre outros, o tema do Cálice Sagrado e representa uma ruptura, no contexto alemão, ao modelo de introdução orquestral weberiano. O Prelúdio do Ato III, por sua vez, é mais curto e abre a cena do casamento entre Lohengrin e Elsa.
Richard Wagner (Leipzig, Alemanha, 1813 – Veneza, Itália, 1883) e a obra Tannhäuser: Wie Todesahnung e O du, mein holder Abendstern
(Tannhäuser: Oh você, minha encantadora estrela da noite)
(1843/1847)
Wagner era um apaixonado pelo teatro, mas odiava a vulgaridade dos dramas musicais de sua época. Seus ideais dramáticos foram encontrados no teatro antigo da Grécia, enquanto seus modelos musicais eram os grandes sinfonistas alemães, especialmente Beethoven. Não era uma tarefa fácil associar a excelência da dramaturgia grega à grandeza sinfônica beethoveniana, e o público, mais acostumado à frivolidade das óperas de sucesso fácil, não estava preparado para tanta profundidade. Wagner teve de acumular inúmeros fracassos, e Tannhäuser foi um deles.
A estreia em Dresden, em outubro de 1845, foi um fiasco, assim como o seria durante toda a vida de Wagner, onde quer que fosse apresentada. Apenas após a sua morte ela entraria para o repertório corrente, tornando-se, ao final do século XIX, uma de suas óperas mais populares, com O Navio Fantasma e Lohengrin.
O enredo mistura as lendas do cavaleiro Tannhäuser com a do Torneio de Canto de Wartburg, ambas ambientadas no século XIII. Tannhäuser, cansado dos prazeres carnais de Venusberg (a mítica Montanha de Vênus), decide se livrar dos domínios da deusa do amor. Após ser encontrado por uma procissão de peregrinos e ter notícias de sua amada Elizabeth, o herói segue em direção a Wartburg, onde o torneio de canto está acontecendo. Após ser banido da competição por cantar em louvor a Vênus, Tannhäuser inicia sua viagem até Roma para pedir perdão ao Papa.
No início do Ato III, Elizabeth está angustiada, sofrendo pela ausência de Tannhäuser. O cavaleiro Wolfram, que a ama em segredo, pressente a sua morte e entoa Wie Todesahnung (“Como premonição da morte”), seguida de uma das mais doces e belas árias jamais escritas para a voz de barítono, O du, mein holder Abendstern: “Oh você, minha encantadora estrela da noite”. A ópera se encerra com a morte dos protagonistas e uma promessa de salvação celestial.
Richard Strauss (Munique, Alemanha, 1864 – Garmisch-Partenkirchen, Alemanha, 1949) e a obra Zueignung, op. 10, nº 1 (Dedicatória, op. 10, nº 1) (1885, revisão 1929)
Ainda que seja mais conhecido por seus poemas sinfônicos e pelas óperas que definiram a música lírica no século XX, Richard Strauss também deixou um legado importante na tradição dos lieder alemães. Ao longo da carreira, foram mais de 200 canções, a maioria delas composta entre as décadas de 1870 e 1910 – a exceção notória é o ciclo das Quatro Últimas Canções, suas partituras derradeiras, escritas já aos 84 anos, em 1948.
Vista cronologicamente, a produção vocal de Strauss revela muito das mudanças ocorridas em seus próprios interesses e preferências enquanto compositor, assim como acompanha as tendências que foram transformando o lied alemão nessa segunda metade do século XIX. Enquanto na juventude as canções de Strauss se mostram fortemente calcadas no Romantismo de Schubert e Schumann, já próximo à virada dos 1900, a influência de um estilo operístico é mais perceptível (vale lembrar que a primeira grande ópera de Strauss, Salomé, data de 1905).
Um ponto de virada na trajetória de Strauss acontece em 1885, com a publicação de seu Opus 10, um conjunto de oito canções inspiradas em poemas do escritor austríaco Hermann von Glim. Também chamado de Letzte Blätter (“Últimas Folhas”), esse conjunto demonstra um inegável amadurecimento composicional em relação aos trabalhos anteriores, especialmente no primeiro lied, intitulado Zueignung (“Dedicatória”). Escrita originalmente para piano e voz e orquestrada pelo próprio autor em 1929, a canção logo se tornou uma das mais populares de Strauss, abrindo caminhos para a crescente produção dos anos seguintes, nos quais o alemão publicou um conjunto de lieder por ano até 1891, quando optou por dedicar-se à finalização de sua primeira ópera, Guntram.
Gustav Mahler (Kaliste, Boêmia, hoje República Tcheca, 1860 – Viena, Áustria, 1911) e a obra Canções de um andarilho: Ich hab’ ein glühend Messer (Canções de um andarilho: Eu tenho uma faca incandescente) (1883/1885, revisão 1891/1896)
Maior cancionista do século XIX, Franz Schubert explora o potencial dramático da canção de tal forma que o instrumento acompanhador – o piano – adquire uma importância até então raramente concebida, e um papel, por vezes, protagonista. É nesse modelo schubertiano que se baseia outro grande cancionista vienense: Gustav Mahler. No entanto, Mahler transfere o papel do acompanhador para o seu próprio instrumento: a orquestra sinfônica.
Assim como outras peças vocais do compositor, as Canções de um andarilho (Lieder eines fahrenden Gesellen) são inspiradas em uma compilação de poemas e canções populares alemãs, mas possuem letras escritas pelo próprio Mahler. Foram compostas sob a influência de uma desilusão amorosa, conforme o autor confessa a seu amigo Fritz Löhr, em carta de janeiro de 1885: “Compus um ciclo de canções, seis até agora, todas dedicadas a ela (…). As canções sugerem a imagem de um andarilho que, encontrando adversidades, põe-se a peregrinar em solidão pelo mundo”.
Ao que tudo indica, “ela” era Johanna Richter, soprano da Ópera de Kassel, com quem Mahler havia mantido um infeliz relacionamento amoroso. Dessas seis canções, apenas quatro foram publicadas, em 1897, simultaneamente em duas versões: voz com acompanhamento de piano e voz e orquestra. Essa última versão é a que se comumente executa. Das duas canções que não foram publicadas, nunca mais se ouviu notícia.
Ich hab’ ein glühend Messer (“Eu tenho uma faca incandescente”) é a terceira canção do ciclo. De modo intenso e obsessivo, ela revela a angústia de alguém que não tem consigo a pessoa amada, comparando a dor da perda a um golpe de lâmina fervente no peito.
Erich Korngold (Brno, República Tcheca, 1897 – Hollywood, Estados Unidos, 1957) e a obra A cidade morta, op. 12: Mein Sehnen, mein Wähnen
A cidade morta, op. 12: Minha saudade, minha vontade (1920)
Erich Wolfgang Korngold despontou como um cometa brilhante na cena musical vienense do início do século XX. Considerado um gênio prodígio por artistas do calibre de Mahler e Strauss, o pequeno Korngold começou a compor ainda muito criança, sob incentivo espartano do pai, Julius Leopold Korngold, um renomado crítico musical que, logo cedo, percebeu os talentos do filho. Antes de completar vinte anos, Erich já havia composto alguns de seus trabalhos mais impressionantes, como a Sinfonietta e as duas primeiras óperas, O anel de Polícrates e Violanta.
Sua terceira incursão dramática, A Cidade Morta (Die tote Stadt), foi um sucesso estrondoso. Estreou no dia 4 de dezembro de 1920, em duas cidades ao mesmo tempo: Hamburgo e Colônia. Com uma ambientação desoladora, a trama aborda temas como solidão, paixão e luto pela perspectiva de um homem que se encanta por uma dançarina que o lembra de sua falecida esposa. Em uma Europa ainda ferida do pós-guerra, as dificuldades do protagonista Paul em aceitar a morte da pessoa amada parecem ter ressoado com grande parte do público.
Soma-se a esse contexto o fato de que A Cidade Morta exibe todo o talento melódico de Korngold aliado a uma orquestração bastante rica, que se encontra em perfeito balanço com a escrita vocal. Prova disso é a melancólica Mein Sehnen, mein Wähnen (“Minha saudade, meu desejo”), conhecida popularmente como “Canção do Pierrô”, que marca uma passagem do segundo ato no qual Paul assiste a um estranho e delirante desfile de figuras carnavalescas pelas ruas escuras da cidade à noite.
Franz Schubert (Viena, Áustria, 1797 – 1828) e a obra Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759, “Inacabada” (1822)
O tímido Schubert, que não gostava de publicidade, jamais se importou se sua música seria um dia executada. Em vida, teve publicado menos de um terço de suas canções e pouquíssimas obras instrumentais. Após sua morte, foram seus amigos pessoais e alguns admiradores apaixonados, tais como Mendelssohn, Robert e Clara Schumann, Brahms e Liszt, que fizeram de tudo para resgatar, restaurar, editar e difundir sua música.
A Sinfonia Inacabada foi composta em Viena, em outubro de 1822. O subtítulo “Inacabada” vem do fato de existirem apenas os seus dois primeiros movimentos. Em uma carta de dezembro do mesmo ano para seu amigo Josef von Spaun, Schubert não incluiu a Sinfonia na lista de suas composições recentes, provavelmente porque, naquela data, ele ainda não a via como uma obra terminada. Porém, por volta de 1824, Schubert enviou o manuscrito dos dois movimentos a outro amigo, Anselm Hüttenbrenner, em agradecimento por uma homenagem recebida da Sociedade Musical da Estíria. Se acreditarmos que Schubert dificilmente enviaria uma obra inacabada como agradecimento, é possível que ele tenha percebido que a Sinfonia já estava completa com seus dois maravilhosos movimentos, mesmo que, na época da composição, essa percepção ainda não estivesse clara.
O fato é que Anselm reteve a Sinfonia e nunca a doou à Sociedade. Por mais de quarenta anos, ele e seu irmão Joseph mantiveram o manuscrito em casa sem jamais mencioná-lo a ninguém. No final dos anos 1850, os Hüttenbrenner começaram, pouco a pouco, a mencionar a existência da Sinfonia e, apenas em 1865, trinta e sete anos após a morte de Schubert, o manuscrito foi entregue ao regente Johann Herbeck, que a estreou em Viena na Gesellschaft der Musikfreunde, no dia 17 de dezembro de 1865.
Filarmônica de Minas Gerais
Série Allegro
10 de outubro – 20h30
Sala Minas Gerais
Série Vivace
11 de outubro – 20h30
Sala Minas Gerais
Vincent de Kort, regente convidado
Taehan Kim, barítono
WAGNER Lohengrin: Prelúdio do Ato I
WAGNER Tannhäuser: Como premonição da morte e Oh você, minha encantadora estrela da noite
R. STRAUSS Zueignung, op. 10, nº 1
MAHLER Canções de um andarilho: Eu tenho uma faca incandescente
KORNGOLD A cidade morta, op. 12: Minha saudade, meu desejo
SCHUBERT Sinfonia nº 8 em si menor, D. 759, “Inacabada”
WAGNER Lohengrin: Prelúdio do Ato III
INGRESSOS:
R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).
Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.
Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.
Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br
Bilheteria da Sala Minas Gerais
Horário de funcionamento
Dias sem concerto:
3ª a 6ª — 12h a 20h
Sábado — 12h a 18h
Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:
— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana
— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado
— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo
São aceitos:
- Cartões das bandeiras American Express, Elo, Mastercard e Visa
- Pix
ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.
Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.
O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.
Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.
A Orquestra possui 18 álbuns gravados e disponíveis nas plataformas de streaming, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.
Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.
A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.
A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.
A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.
Os números da Filarmônica (2008 a julho/2024)
1.607.631 espectadores
1.279 concertos realizados
1.431 obras interpretadas
127 concertos em turnês estaduais
42 concertos em turnês nacionais
9 concertos em turnê internacional
101 concertos transmitidos ao vivo
606 notas de programa publicadas no site
1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral
4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica
18 álbuns lançados e disponíveis nas plataformas de streaming
1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)