FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS RECEBE A VIOLONCELISTA MARINA MARTINS

Crédito: Marco Costa

A violoncelista Marina Martins é a convidada da Filarmônica de Minas Gerais nos dias 17 e 18 de outubro, às 20h30, na Sala Minas Gerais. A musicista brasileira nos brinda com o lírico Concerto para violoncelo, do inglês Edward Elgar. A Orquestra interpreta um dos mais belos exemplos da criação para o balé no século XX, a sempre atual história Romeu e Julieta, desta vez do compositor Sergei Prokofiev. Completa o programa uma obra marcante do grande compositor brasileiro Camargo Guarnieri, Prólogo e Fuga. A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artísitico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os concertos serão dedicados à memória do violoncelista Antonio Meneses, falecido recentemente e seria o solista nas duas apresentações. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, conta com o patrocínio do Itaú, da Rede e da Gasmig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Marina Martins, violoncelo

Violoncelista brasileira, Marina Martins venceu em 2018 o concurso Jovens Solistas da Osesp e foi escolhida pelo júri para receber a Medalha Eleazar de Carvalho. Em 2019, apresentou-se como solista na Sala São Paulo com a Osesp e, em 2022, na Sala Minas Gerais com a Filarmônica. A convite do maestro Neil Thomson e Orquestra Filarmônica de Goiás, Marina fez a primeira gravação comercial do Concerto para violoncelo de Claudio Santoro, como parte do projeto Brasil em Concerto, em parceria com o Selo Naxos e o Itamaraty. Em 2021, venceu o prêmio Exilarte Preis, na Áustria. Marina já se apresentou na Inglaterra, Suíça, Itália, França, Alemanha, Áustria, Estados Unidos e Canadá. Nascida em 1999 na Nova Zelândia, venceu seu primeiro concurso aos 8 anos e estreou como solista na Inglaterra aos 16 anos. Atualmente, Marina estuda na Musik Akademie Basel, na Suíça, com o professor Danjulo Ishizaka. Foi aluna de Pieter Wispelwey na Alemanha e participou de masterclasses com protagonistas da cena musical internacional como Gary Hoffman, Antonio Meneses, Laurence Lesser e Jérôme Pernoo.

Repertório

Camargo Guarnieri (Tietê, Brasil, 1907 – São Paulo, Brasil, 1963) e a obra Prólogo e Fuga (1947)

A década de 1940 mostrou-se um período de inspiração fértil e crescente reconhecimento para o compositor paulista Mozart Camargo Guarnieri. Em 1939, ele retorna ao Brasil após uma breve temporada em Paris, onde estudou técnicas de composição com Charles Koechlin (renomado musicólogo francês, que também foi professor de Poulenc, Tailleferre e outros) e regência com François Ruhlmann (regente da Ópera Garnier por mais de 30 anos). No ano seguinte, assume o cargo de Regente Titular da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, e, em 1942, realiza sua primeira viagem aos Estados Unidos para receber o prêmio Fleischer Music Collection por seu Concerto para violino nº 1 e para se apresentar com orquestras locais, incluindo a Sinfônica de Boston.

Foi nessa fase da vida que Guarnieri escreveu algumas de suas obras mais importantes, como as Três Danças (1941), a Abertura Concertante (1942), o Concerto para piano nº 2 (1946) e suas duas primeiras Sinfonias (respectivamente, 1944 e 1945). Em todas elas, é possível perceber um compositor mais seguro, dono de linguagem própria mais consolidada, na qual o interesse pelo folclore musical do Brasil aparece de forma bastante explícita, porém sem citações de melodias e ritmos populares já conhecidos.

Escrita em 1947, quando Guarnieri completou 40 anos, Prólogo e Fuga pode ser vista como um exercício de preferências composicionais em duas formas canônicas. A sua verve nacionalista desponta logo no tema introdutório, de caráter ameríndio, que é retrabalhado com intensidade progressiva ao longo do “Prólogo”. Na “Fuga”, um dos gêneros contrapontísticos por excelência, podemos ver outra característica marcante do estilo de Guarnieri: o apreço pela polifonia, que acreditava ser a técnica composicional mais adequada a uma música tipicamente brasileira.

Edward Elgar (Broadheath, Inglaterra, 1857 – Worcester, Inglaterra, 1934) e a obra Concerto para violoncelo em mi menor, op. 85 (1919)

Filho de um organista da igreja de Worcester, o jovem violinista Edward Elgar percorreu um longo caminho até se tornar o compositor mais reconhecido da Inglaterra nas primeiras décadas do século XX. Ainda hoje, sua imagem popular é a do artista que melhor expressou o orgulho patriótico dos súditos da Rainha Vitória e do Rei Eduardo VII. Embora impregnado de romantismo alemão, Elgar soube reencontrar a sonoridade e o sentimento peculiares à música inglesa, que desde a morte de Purcell, em 1695, encontrava-se escorada, sobretudo, em compositores estrangeiros.

Depois da Primeira Guerra Mundial, Elgar voltou-se para a música de câmara, compondo peças mais austeras, despojadas e repletas de tristeza e ternura. Última grande obra do período outonal de Elgar, o Concerto para violoncelo apresenta uma orquestração contida, poética e opaca, que “deixa livre a alma do instrumento”, nas palavras de Pablo Casals.

A obra inicia-se com uma inusitada introdução declamada pelo solista, e mantém, ao longo de todo o primeiro movimento, o caráter de um melancólico solilóquio. O andamento seguinte, por sua vez, sustenta-se impetuoso até o final, marcado pelo padrão rítmico constante das notas articuladas no violoncelo.

O breve “Adágio” é notável por sua eloquência. Inicia-se com uma frase interrogativa da orquestra, seguida de arrebatadora melodia do violoncelo. O movimento lembra uma elegíaca canção sem palavras, passa por tonalidades remotas e deixa sem resposta a pergunta inicial. No amplo quarto movimento, a peça atinge surpreendente intensidade expressiva, exigindo grande virtuosidade do solista.

Sergei Prokofiev (Sontsovka, Império Russo, hoje Ucrânia, 1891 – Moscou, Rússia, 1935) e a obra Romeu e Julieta, op. 64: Excertos das Suítes nº 1 e nº 2 (1935/1936)

Quando, em 1934, Prokofiev recebeu uma encomenda do Balé Kirov (hoje chamado de Balé Mariinsky), ele logo sugeriu uma adaptação de Romeu e Julieta, de Shakespeare. A direção do Kirov achou um sacrilégio adaptar Shakespeare para o balé e desistiu da encomenda. Prokofiev assinou, então, um contrato com o Balé Bolshoi, mas, no ano seguinte, seria a direção do Bolshoi que desistiria da montagem. Quando ouviram a música pela primeira vez, acharam que seria impossível dançá-la.

Nos anos 1936 e 1937, desejando tornar o balé conhecido, mas impossibilitado de ter a obra coreografada, o compositor arranjou a música em duas suítes orquestrais (a Suíte nº 1, op. 64bis e a Suíte nº 2, op.64ter) e em um conjunto de dez peças para piano (op. 75). O balé foi estreado em sua versão original somente no dia 30 de dezembro de 1938, em Brno, atual República Tcheca. A estreia passou despercebida e apenas um ano depois, no dia 11 de janeiro de 1940, o Balé Kirov realizaria, em Moscou, a primeira execução soviética. Apesar dos bailarinos não terem compreendido plenamente a música e a orquestra ter tentado cancelar a apresentação para evitar um desastre, o Romeu e Julieta de Prokofiev foi muito bem recebido pelo público e se tornou um sucesso desde então.

Em 1946, no intuito de rever algumas escolhas feitas para as duas primeiras suítes, Prokofiev criou uma terceira, incluindo outros trechos (Suíte nº 3, op. 101). Nenhuma das três resume com perfeição a grandiosidade do balé original, que possui três longos atos, totalizando aproximadamente duas horas e meia de apresentação.

A versão que integra o programa de hoje foi montada pelo maestro Fabio Mechetti a partir de excertos selecionados das Suítes nº 1 e nº 2. A seleção busca ser mais fiel à ordem cronológica da peça de Shakespeare e garantir maior impacto dramático.

Filarmônica de Minas Gerais

Série Presto

17 de outubro – 20h30

Sala Minas Gerais

Série Veloce

18 de outubro – 20h30

Sala Minas Gerais

Fabio Mechetti, regente

Marina Martins, violoncelo

GUARNIERI Prólogo e Fuga

ELGAR Concerto para violoncelo em mi menor, op. 85

PROKOFIEV Romeu e Julieta, op. 64: Excertos das Suítes nº 1 e nº 2

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
Pix

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados e disponíveis nas plataformas de streaming, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a julho/2024)

1.607.631 espectadores

1.279 concertos realizados

1.431 obras interpretadas

127 concertos em turnês estaduais

42 concertos em turnês nacionais

9 concertos em turnê internacional

101 concertos transmitidos ao vivo

606 notas de programa publicadas no site

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

18 álbuns lançados e disponíveis nas plataformas de streaming

1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

INFORMAÇÕES

PARA A IMPRENSA

Personal Press

Polliane Eliziário

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