Filarmônica de Minas Gerais celebra os aniversários de Poulenc e Fauré e recebe a soprano Raquel Paulin, o barítono Johnny França e o coral Concentus Musicum de Belo Horizonte nos dias 19 e 20 de setembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais

Orquestra Filarmonica de Minas Gerais Foto de Eugenio Savio Filarmônica em Câmara 6

Orquestra interpreta a obra Glória de Francis Poulenc e o belíssimo Réquiem de Gabriel Fauré, com regência do maestro Fabio Mechetti

Duas obras corais do repertório francês, celebrando dois aniversários importantes – o imponente Glória de Francis Poulenc e o belíssimo Réquiem de Gabriel Fauré –  serão apresentadas pela Filarmônica de Minas Gerais nos dias 19 e 20 de setembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, com a presença do Coral Concentus Musicum de Belo Horizonte, sob a batuta de Yara Fricke Matte, regente do coro, e de dois dos mais relevantes cantores brasileiros, a soprano Raquel Paulin e o barítono Johnny França.  A regência é do maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais. Os ingressos estão à venda no site www.filarmonica.art.br e na bilheteria da Sala, a partir de R$ 39,60 (inteira).

Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais, conta com o patrocínio do Itaú, da Rede e da Gasmig, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Apoio: Circuito Liberdade e Programa Amigos da Filarmônica. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo de Minas Gerais, Ministério da Cultura e Governo Federal.

Maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente titular

Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro.

Ao ser convidado, em 2014, para o cargo de Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, Fabio Mechetti tornou-se o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática. Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica de Spokane.

Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.

Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York.

Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Na Finlândia, dirigiu a Filarmônica de Tampere; na Itália, a Orquestra Sinfônica de Roma e a Orquestra do Ateneo em Milão; na Dinamarca, a Filarmônica de Odense; dirigiu a Sinfônica Nacional da Colômbia e estreou no Festival Casals com a Sinfônica de Porto Rico. Na Argentina, conduziu a Filarmônica do Teatro Colón, com a qual se apresentará novamente em 2024.

No Brasil, foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre e Brasília e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Fabio Mechetti é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School de Nova York.

Raquel Paulin, soprano

Com sua voz de soprano coloratura, Raquel Paulin tem se estabelecido como um dos principais nomes da nova geração de cantoras líricas brasileiras. Formada pela Escola Municipal de Música de São Paulo, iniciou sua carreira no teatro musical, atuando em espetáculos populares como Mamma Mia! e Mudança de hábito. Entre 2016 e 2018, integrou o elenco da Academia de Ópera do Theatro São Pedro, com o qual se apresentou diversas vezes como solista. Em 2020, foi premiada nos concursos de canto Maria Callas e Linus Lerner. Mais recentemente, participou da montagem de Cartas Portuguesas (J.G. Ripper), sob direção de Jorge Takla e regência de Roberto Tibiriçá, além de ter cantado Cecy em O Guarani (Carlos Gomes), Lauretta em Gianni Schicchi (Puccini) e Adina em O elixir do amor (Donizetti), todas pela Cia Ópera São Paulo. Na celebração do centenário da Semana de Arte Moderna, fez sua estreia no Theatro Municipal de São Paulo cantando as Bachianas Brasileiras nº 5 de Villa-Lobos. Nesta temporada, Raquel Paulin faz sua estreia com a nossa Orquestra, em um concerto com dois grandes clássicos corais franceses: Glória de Poulenc e o Réquiem de Fauré.

Johnny França, barítono

Johnny França é vencedor do Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas em duas edições (2014 e 2016) e do Concurso de Canto Linus Lerner em San Luis Potosí (México). Formado pela Academia de Ópera do Theatro São Pedro e pelo Ópera Studio da Escola de Música do Estado de São Paulo, representou papéis de barítono em algumas das obras mais emblemáticas do repertório, incluindo o protagonista em Don Giovanni (Mozart), Escamillo em Carmen (Bizet), Marcello em La Bohème (Puccini) e Conde Almaviva em As bodas de Fígaro (Mozart), entre outros. Nos últimos anos, dedicou-se a estreias de óperas contemporâneas escritas por compositores brasileiros, interpretando Euclides da Cunha em Piedade (J. G. Ripper), Paulo em À procura da flor (A. Mehmari) e o papel-título em Aleijadinho (E. Aguiar). Na Temporada 2024, França se apresenta pela primeira vez com a nossa Orquestra, participando de dois concertos: a montagem especial de Madama Butterfly (Puccini) e a noite de clássicos corais franceses, com Glória de Poulenc e o Réquiem de Fauré.

Concentus Musicum de Belo Horizonte, coro

O Concentus Musicum de Belo Horizonte estreou em dezembro de 2016 junto à Filarmônica de Minas Gerais na apresentação do Réquiem de Mozart, o que deu início a uma frutífera parceria, com participações em todas as temporadas desde então, totalizando dezessete concertos. Idealizado pela regente Iara Fricke Matte, o Concentus foi criado com o objetivo de contribuir para a difusão da música erudita em Belo Horizonte e se dedica à interpretação de obras dos períodos colonial, barroco, clássico e renascentista, bem como de um seleto repertório contemporâneo. O grupo engloba três formações musicais distintas: o Coro Sinfônico, o Madrigal e a Orquestra Barroca, todas nascidas da parceria entre a regente, os músicos e o pianista e organista Hélcio Vaz. O Coro Sinfônico, formação que geralmente se apresenta com a Filarmônica, é composto por quarenta cantores e conta com preparação vocal de Eliseth Gomes.

Iara Fricke Matte, regente do coro

 

Regente coral e orquestral, Iara Fricke Matte dedica-se ao estudo e apresentação de peças dos períodos barroco, renascentista e contemporâneo, com destaque para obras corais a capella, sinfônico-corais e o repertório de Bach. Concluiu o mestrado em Regência Coral pela Universidade de Minnesota e o doutorado na mesma área pela Universidade de Indiana, ambas nos Estados Unidos. Desde 1997, é professora de regência na Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Dentro da universidade, atuou como regente titular do coral Ars Nova entre 2013 e 2017, tendo realizado mais de noventa concertos no Brasil e no exterior. Atualmente ocupa os cargos de regente e coordenadora da Orquestra Sinfônica da UFMG. Em 2016, idealizou o Concentus Musicum de Belo Horizonte, que se tornou um importante parceiro da Filarmônica, com participação em todas as temporadas da orquestra desde então.

Repertório

 

Francis Poulenc (Paris, França, 1899 – 1963) e a obra Glória (1959/1960)

O trabalho de Francis Poulenc é marcado, em diferentes momentos, tanto por uma forte vertente religiosa como por uma abordagem rebelde de formas e temas. O próprio compositor associava essa dualidade a seus laços sanguíneos: a família do pai era profundamente cristã, enquanto a da mãe era formada por artistas e artesãos. Criado em ambiente católico, Poulenc se afastou mais da religião durante a juventude. Em 1936, quando estava próximo dos quarenta anos, uma peregrinação à Capela Notre Dame de Rocamadour reavivou sua fé e deu início a uma produção de obras desse cunho que durou até o fim da vida. Glória foi escrita em 1959, quatro anos antes de sua morte. A composição transita entre momentos de sobriedade e trechos mais vibrantes, e demonstra a afeição de Poulenc tanto por arroubos de grandiosidade como sua capacidade de restringir a orquestra quando julgava necessário. Essa segunda característica é perceptível especialmente no terceiro movimento, “Domine Deus”, em que se sobressai a dramaticidade do solo para soprano.

Gabriel Fauré (Pamiers, França, 1845 – Paris, França, 1924) e a obra Réquiem, op. 48 (1887, revisão 1900)

Peça fundamental do repertório coral, o Réquiem de Gabriel Fauré em muito destoa de trabalhos anteriores com o mesmo nome, a exemplo dos igualmente importantes réquiens de Mozart, Berlioz e Verdi. Em evidente ruptura com a tradição romântica, a missa dos mortos de Fauré opta por um tom sereno e mais acolhedor que suas antecessoras, buscando transmitir ao ouvinte a sensação de paz alcançada no repouso eterno. Sua primeira execução pública aconteceu em 16 de janeiro de 1888, na Igreja da Madeleine, em Paris. Nos anos seguintes, Fauré continuou trabalhando na partitura: incluiu uma orquestra mais numerosa, um coro misto em vez de somente masculino e dois novos movimentos, entre eles o “Libera me” para voz barítona. A versão mais conhecida do público foi finalizada apenas em 1900, com adequações que visavam uma melhor apreciação em salas de concerto. Por sua incomum sutileza, o Réquiem causou estranheza em muitos, principalmente ao não expressar um temor diante do fim da vida. Para Fauré, o momento da morte era  como “uma entrega feliz, uma aspiração à felicidade celestial, mais do que uma experiência dolorosa”. Por meio de suas melodias suaves, seu Réquiem dispensa representações sonoras do sofrimento terreno e nos oferece um sereno acalanto.

Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Presto

19 de setembro – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

20 de setembro – 20h30

Sala Minas Gerais

 

Fabio Mechetti, regente

Raquel Paulin, soprano

Johnny França, barítono

Concentus Musicum de Belo Horizonte

Iara Fricke Matte, regente do coro

POULENC           Glória

FAURÉ                Réquiem, op. 48

        

       

INGRESSOS:

R$ 39,60 (Mezanino), R$ 50 (Coro), R$ 50 (Terraço), R$ 72 (Balcão Palco), R$ 92 (Balcão Lateral), R$ 124 (Plateia Central), R$ 160 (Balcão Principal) e R$ 180 (Camarote).

Ingressos para Coro e Terraço serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Bilheteria da Sala Minas Gerais

Horário de funcionamento

Dias sem concerto:

3ª a 6ª — 12h a 20h

Sábado — 12h a 18h

Em dias de concerto, o horário da bilheteria é diferente:

— 12h a 22h — quando o concerto é durante a semana

— 12h a 20h — quando o concerto é no sábado

— 09h a 13h — quando o concerto é no domingo

São aceitos:

  • Cartões das bandeiras Elo, Mastercard e Visa
  • Pix

 

 

ORQUESTRA FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS

 

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação.

Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas.

O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, sendo o mais recente o Prêmio Concerto 2023 na categoria Música Orquestral, por duas apresentações realizadas no Festival de Inverno de Campos do Jordão, SP. A Orquestra já havia recebido o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, Filarmônica na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto.

A Orquestra possui 18 álbuns gravados e disponíveis nas plataformas de streaming, entre eles quatro que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty. O álbum Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Ainda em 2020, a Filarmônica inaugurou seu próprio estúdio de TV para a realização de transmissões ao vivo de seus concertos, totalizando hoje mais de 100 concertos transmitidos em seu canal no YouTube, onde se podem encontrar diversos outros conteúdos sobre a orquestra e a música de concerto.

A Filarmônica realiza também diversas apresentações por cidades do interior mineiro e capitais do Brasil, tendo se apresentado também na Argentina e Uruguai. Em celebração ao bicentenário da Independência do Brasil, em 2022, realizou uma turnê a Portugal, apresentando-se nas principais salas de concertos do país nas cidades do Porto, Lisboa e Coimbra, além de um concerto a céu aberto, no Jardim da Torre de Belém, como parte da programação do Festival Lisboa na Rua, promovido pela Prefeitura de Lisboa.

A sede da Filarmônica, a Sala Minas Gerais, foi inaugurada em 2015, sendo uma referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico. Considerada uma das principais salas de concertos da América Latina, recebe anualmente um público médio de 100 mil pessoas.

A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Filarmônica vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

Os números da Filarmônica (2008 a julho/2024)

 

1.607.631 espectadores

1.279 concertos realizados

1.431 obras interpretadas

127 concertos em turnês estaduais

42 concertos em turnês nacionais

9 concertos em turnê internacional

101 concertos transmitidos ao vivo

606 notas de programa publicadas no site

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

18 álbuns lançados e disponíveis nas plataformas de streaming

1 Indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico)

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