Exposição Quieto no Escuro marca despedida da GAL de seu atual espaço

A GAL anuncia sua última exposição no espaço que ocupa desde 2021, a Casa GAL. A mostra Quieto no Escuro, do artista Rodrigo Borges, será inaugurada no dia 23 de outubro e ficará aberta até dezembro, marcando o encerramento das atividades no endereço atual, localizado no bairro Sion.

Após essa data, a GAL deixará o espaço, o próximo endereço ainda será divulgado, mantendo o caráter efêmero que sempre definiu o projeto, enquanto segue contribuindo para a cena cultural de Belo Horizonte.

Rodrigo Borges reflete sobre a série de obras: “A série Quieto no Escuro pretende dar a ver uma imagem que vem do escuro com o escuro e, assim, dizer da importância do escuro na construção do imaginário e do mundo. Esse meu interesse pelo escuro vem da abstração geométrica (especialmente Malevich), dos grafismos indígenas e de uma série de outras escuridões… Também se apresenta como uma resposta ao excesso de claridade do mundo 24/7, às telas brilhantes dos equipamentos digitais e aos desafios ecológicos que vivemos hoje.”

Ainda segundo o artista, a frase de Guimarães Rosa “Tudo o que muda vem quieto no escuro” inspirou a criação da série, que explora a lentidão e a quietude como contraponto à velocidade e à claridade excessiva do mundo contemporâneo.

Mais informações sobre a exposição Quieto no Escuro e o futuro da GAL serão divulgadas em breve.

 

Sobre a GAL
A GAL é uma galeria de arte virtual e independente, dedicada à pesquisa e circulação da arte contemporânea brasileira. Seu modelo flexível e desterritorializado propõe exposições em espaços temporários e em desuso, conectando artistas, colecionadores e o público em um formato inovador. O projeto também oferece um acervo online de obras de artistas contemporâneos brasileiros, garantindo a sustentabilidade de suas ações.

A GAL realizou ocupações marcantes em Belo Horizonte, como a #GAL001, em 2018, que ocupou uma loja na Savassi por 5 dias, e a #GAL002, que transformou a Praça Raul Soares em espaço para intervenções. O novo ciclo da galeria, a partir de 2025, continuará a explorar novos espaços, mantendo a liberdade criativa que tem sido sua marca registrada.

Desde sua fundação, em 2017, a GAL tem se destacado por ocupar espaços vazios na cidade, levando arte contemporânea a contextos diversos. Em 2021, estabeleceu a Casa GAL, ponto fixo para exposições, residências e outras expressões artísticas. Sob a curadoria de Laura Barbi, a Casa GAL trouxe frescor ao circuito de galerias da capital mineira, reforçando a proposta de aproximar o público da arte contemporânea: “Pensamos sempre em como aproximar o público à arte contemporânea através de mostras individuais e coletivas”, comenta Laura.

Sobre a Casa GAL 

Localizada no Sion, foi construída na década de 60, projeto do arquiteto Laercio Gontijo e desde então habitada por uma única família. Desocupada em setembro de 2021, a residência está à venda. “Achamos que seria interessante abri-la para visitação uma vez que a grande maioria dos espaços não tombados pelo Patrimônio em Belo Horizonte acabam sendo vendidos para incorporadoras e demolidos”, conta Laura. “O interessante em se propor um projeto sem território definido como é o caso da GAL, é que a cada ocupação somos desafiados a pensar e repensar a interação entre a arte contemporânea, a arquitetura, a cidade e o público” completa.

Instagram@gal.art.br

FOTO: Laura Barbi
Studio Tertulia

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