O IPCA, indicador oficial da inflação, subiu 0,51% em Belo Horizonte em setembro. Esse resultado ficou acima da média nacional (0,44%) no mesmo mês.
Entre as capitais pesquisadas pelo IBGE para calcular o IPCA, Belo Horizonte teve a maior inflação acumulada em 12 meses. O IPCA de Belo Horizonte está em 6,2% nesta métrica, maior que os 4,4% registrados na média do país.
“Entre os fatores que ajudaram a puxar para cima a inflação de Belo Horizonte em setembro estão o aumento de preços da energia elétrica e da alimentação no domicílio”, diz Heliezer Jacob, economista do C6 Bank.
Ele destaca que a inflação da alimentação no domicílio subiu 1,06% em setembro na capital mineira, praticamente o dobro da alta nacional (0,56%).
Entretanto, a energia elétrica registrou alta de 4% em Belo Horizonte, menor que os 5,36% da média nacional (5,36%). Essa alta é reflexo da entrada em vigor da bandeira vermelha 1 em setembro, que deixou a conta de luz mais cara. Essa pressão deve permanecer em outubro com o acionamento da bandeira vermelha 2.
Projeções
A projeção do C6 Bank é que o IPCA nacional feche o ano em 4,7%, acima do teto da meta. Para 2025, a previsão é que a inflação fique em 4,8%.
A estimativa do banco é que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) siga com o ciclo de alta da Selic nas próximas decisões, com ajustes de 0,5 ponto percentual nas reuniões de novembro e dezembro. “Projetamos Selic em 11,75% ao final de 2024 e de 10% ao final de 2025”, afirma Jacob.