COP30 em Belém: A cidade está pronta? Veja os desafios e impactos

Belém, a capital do Pará, se prepara para sediar a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em novembro de 2025

O evento reunirá mais de 60 mil visitantes, incluindo chefes de estado, ativistas e especialistas em meio ambiente.

Mas será que Belém está realmente preparada para receber um evento dessa magnitude?

A cidade enfrenta desafios como infraestrutura limitada, baixo tratamento de esgoto, problemas de segurança e escassez de leitos em hotéis. Por outro lado, também há investimentos milionários para garantir melhorias até a COP30.

Neste artigo, analisamos os principais desafios e avanços na preparação de Belém para a COP30.

1. Infraestrutura e hospedagem: há leitos suficientes?

Um dos maiores desafios de Belém para a COP30 é a capacidade hoteleira. Atualmente, a cidade conta com cerca de 18 mil leitos, um número muito abaixo do necessário para um evento dessa escala.

Soluções em estudo:

– Uso de motéis como alternativa de hospedagem.
– Balsas convertidas em hotéis flutuantes no rio Guamá.
– Adaptação de salas de aula para alojamentos temporários.
– Investimentos em novos hotéis e reformas na rede já existente.

O governo federal anunciou um pacote de R$ 5 bilhões para mais de 30 projetos de infraestrutura, incluindo melhorias em mobilidade e hospedagem.

Comparação com outras cidades que sediaram a COP

– Glasgow (COP26, 2021): Enfrentou falta de leitos e preços inflacionados.
– Dubai (COP28, 2023): Tinha ampla infraestrutura, mas enfrentou críticas pelo impacto ambiental.
– Belém (COP30, 2025): Precisa expandir sua capacidade hoteleira e logística para evitar colapso.

2. Impacto ambiental: a polêmica da Avenida Liberdade

Para melhorar o acesso à cidade, o governo do Pará planeja construir a Avenida Liberdade, uma rodovia de 13 km. O problema?

– O projeto corta áreas de floresta protegida, gerando desmatamento.
–  Pode fragmentar habitats naturais, prejudicando a biodiversidade.
–  Enfrenta forte resistência de ambientalistas e comunidades locais.

Apesar da polêmica, o governo estadual defende que a obra não está diretamente ligada à COP30 e já era planejada anteriormente.

3. Desafios ambientais e sociais

Saneamento básico

  • Apenas 2% do esgoto de Belém é tratado, poluindo rios e igarapés.
  •   O lixo descartado de forma irregular causa enchentes e proliferação de doenças.

Segurança pública

  • Altos índices de criminalidade, o que pode assustar turistas e delegações.
  • Necessidade de um esquema especial de policiamento durante a COP30.

Mobilidade urbana

  • Trânsito caótico e transporte público deficiente.
  •  A chegada de milhares de visitantes pode sobrecarregar o sistema viário.

Esses fatores levantam dúvidas sobre a capacidade da cidade de oferecer segurança e conforto aos participantes do evento.

4. Impacto econômico: benefícios e riscos

A COP30 pode impulsionar a economia de Belém, mas também traz desafios financeiros e sociais.

 Benefícios esperados

– Geração de empregos temporários em turismo, hotelaria e construção.
–  Maior visibilidade internacional para Belém e a Amazônia.
–  Crescimento do ecoturismo na região.

Possíveis riscos

– Aumento no custo de vida, impactando moradores locais.
–  Gentrificação e especulação imobiliária, afetando comunidades vulneráveis.
–  Risco de investimentos focados apenas no curto prazo, sem legado duradouro.

Será que as melhorias feitas para a COP30 trarão benefícios permanentes para a população?

5. O que os moradores de Belém pensam sobre a COP30?

A chegada da COP30 desperta reações diversas entre os belenenses.

Muitos enxergam o evento como uma oportunidade de crescimento econômico e visibilidade global.

–  Outros temem o impacto no dia a dia da cidade, com aumento no trânsito, violência e preços de serviços.
– Moradores de bairros centrais, como Nazaré, Batista Campos e Cidade Velha, serão os mais afetados, pois essas áreas concentram hotéis e pontos turísticos.

6. Sustentabilidade e legado: o que ficará para Belém?

Mais do que apenas sediar a COP30, Belém precisa garantir que o evento deixe um impacto positivo duradouro.

  • As melhorias na infraestrutura serão permanentes?
  • A COP30 trará avanços reais na preservação ambiental?
  • As políticas climáticas discutidas terão impacto prático na cidade?

A expectativa é que a COP30 vá além do discurso e resulte em mudanças estruturais para Belém e a Amazônia.

Belém estará pronta para a COP30?

A COP30 é uma grande oportunidade para colocar a Amazônia no centro do debate climático global. No entanto, os desafios são evidentes. Para garantir o sucesso do evento, será fundamental que as autoridades consigam equilibrar:

  • Expansão da infraestrutura, sem comprometer o meio ambiente.
  •  Melhoria na segurança e na mobilidade urbana.
  • Soluções eficientes para a hospedagem dos visitantes.
  • Compromisso com um legado positivo para a cidade e a população local.

Se os investimentos forem aplicados corretamente e os problemas forem resolvidos a tempo, Belém poderá se tornar um modelo de cidade sustentável para eventos globais. Caso contrário, corre o risco de enfrentar problemas logísticos, sociais e ambientais durante a COP30.

📢 Agora queremos saber sua opinião!

➡️ Você acha que Belém conseguirá superar esses desafios e aproveitar essa oportunidade histórica? Deixe seu comentário abaixo!

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