O evento reunirá mais de 60 mil visitantes, incluindo chefes de estado, ativistas e especialistas em meio ambiente.
Mas será que Belém está realmente preparada para receber um evento dessa magnitude?
A cidade enfrenta desafios como infraestrutura limitada, baixo tratamento de esgoto, problemas de segurança e escassez de leitos em hotéis. Por outro lado, também há investimentos milionários para garantir melhorias até a COP30.
Neste artigo, analisamos os principais desafios e avanços na preparação de Belém para a COP30.
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1. Infraestrutura e hospedagem: há leitos suficientes?
Um dos maiores desafios de Belém para a COP30 é a capacidade hoteleira. Atualmente, a cidade conta com cerca de 18 mil leitos, um número muito abaixo do necessário para um evento dessa escala.
Soluções em estudo:
– Uso de motéis como alternativa de hospedagem.
– Balsas convertidas em hotéis flutuantes no rio Guamá.
– Adaptação de salas de aula para alojamentos temporários.
– Investimentos em novos hotéis e reformas na rede já existente.
O governo federal anunciou um pacote de R$ 5 bilhões para mais de 30 projetos de infraestrutura, incluindo melhorias em mobilidade e hospedagem.
Comparação com outras cidades que sediaram a COP
– Glasgow (COP26, 2021): Enfrentou falta de leitos e preços inflacionados.
– Dubai (COP28, 2023): Tinha ampla infraestrutura, mas enfrentou críticas pelo impacto ambiental.
– Belém (COP30, 2025): Precisa expandir sua capacidade hoteleira e logística para evitar colapso.
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2. Impacto ambiental: a polêmica da Avenida Liberdade
Para melhorar o acesso à cidade, o governo do Pará planeja construir a Avenida Liberdade, uma rodovia de 13 km. O problema?
– O projeto corta áreas de floresta protegida, gerando desmatamento.
– Pode fragmentar habitats naturais, prejudicando a biodiversidade.
– Enfrenta forte resistência de ambientalistas e comunidades locais.
Apesar da polêmica, o governo estadual defende que a obra não está diretamente ligada à COP30 e já era planejada anteriormente.
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3. Desafios ambientais e sociais
Saneamento básico
- Apenas 2% do esgoto de Belém é tratado, poluindo rios e igarapés.
- O lixo descartado de forma irregular causa enchentes e proliferação de doenças.
Segurança pública
- Altos índices de criminalidade, o que pode assustar turistas e delegações.
- Necessidade de um esquema especial de policiamento durante a COP30.
Mobilidade urbana
- Trânsito caótico e transporte público deficiente.
- A chegada de milhares de visitantes pode sobrecarregar o sistema viário.
Esses fatores levantam dúvidas sobre a capacidade da cidade de oferecer segurança e conforto aos participantes do evento.
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4. Impacto econômico: benefícios e riscos
A COP30 pode impulsionar a economia de Belém, mas também traz desafios financeiros e sociais.
Benefícios esperados
– Geração de empregos temporários em turismo, hotelaria e construção.
– Maior visibilidade internacional para Belém e a Amazônia.
– Crescimento do ecoturismo na região.
Possíveis riscos
– Aumento no custo de vida, impactando moradores locais.
– Gentrificação e especulação imobiliária, afetando comunidades vulneráveis.
– Risco de investimentos focados apenas no curto prazo, sem legado duradouro.
Será que as melhorias feitas para a COP30 trarão benefícios permanentes para a população?
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5. O que os moradores de Belém pensam sobre a COP30?
A chegada da COP30 desperta reações diversas entre os belenenses.
Muitos enxergam o evento como uma oportunidade de crescimento econômico e visibilidade global.
– Outros temem o impacto no dia a dia da cidade, com aumento no trânsito, violência e preços de serviços.
– Moradores de bairros centrais, como Nazaré, Batista Campos e Cidade Velha, serão os mais afetados, pois essas áreas concentram hotéis e pontos turísticos.
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6. Sustentabilidade e legado: o que ficará para Belém?
Mais do que apenas sediar a COP30, Belém precisa garantir que o evento deixe um impacto positivo duradouro.
- As melhorias na infraestrutura serão permanentes?
- A COP30 trará avanços reais na preservação ambiental?
- As políticas climáticas discutidas terão impacto prático na cidade?
A expectativa é que a COP30 vá além do discurso e resulte em mudanças estruturais para Belém e a Amazônia.
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Belém estará pronta para a COP30?
A COP30 é uma grande oportunidade para colocar a Amazônia no centro do debate climático global. No entanto, os desafios são evidentes. Para garantir o sucesso do evento, será fundamental que as autoridades consigam equilibrar:
- Expansão da infraestrutura, sem comprometer o meio ambiente.
- Melhoria na segurança e na mobilidade urbana.
- Soluções eficientes para a hospedagem dos visitantes.
- Compromisso com um legado positivo para a cidade e a população local.
Se os investimentos forem aplicados corretamente e os problemas forem resolvidos a tempo, Belém poderá se tornar um modelo de cidade sustentável para eventos globais. Caso contrário, corre o risco de enfrentar problemas logísticos, sociais e ambientais durante a COP30.
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