A apresentação reúne canções autorais e releituras de Lenine, Duda Beat, Zé Ibarra, Fernando Anitelli, Los Hermanos, marcando o início de um novo ciclo na trajetória do artista.
O álbum de estreia está previsto para ainda este ano
No dia 13 de julho, domingo, às 19h, o Teatro de Bolso do Teatro SESIMINAS, em Belo Horizonte, recebe o show “Quem Soul”, estreia oficial da carreira musical do cantor, compositor e ator Gui Villeto. Com repertório que mescla canções autorais e releituras de Lenine, Duda Beat, Zé Ibarra, Fernando Anitelli, Los Hermanos, o artista apresenta, neste encontro com o público, parte de suas músicas que vão integrar o álbum de estreia a ser lançado ainda este ano, nas plataformas digitais. Os ingressos para o show custam R$60 e R$30 e estão à venda pelo Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/107412.
“A verdade é que eu queria ter a consciência de quem soul. Esse trocadilho que aparece na música que também dá nome ao show – sou, de indivíduo, e soul – de alma, do inglês -, diz um pouco do meu percurso para descobrir minha identidade e o que me move”, diz.
“Respirar”, “Quem soul”, “Sonhos”, “Destino de um moleque”, “Ando Descobrindo o Mundo”, “A ponte”, “Renascer”, “Outro ser de nós”, “O Caçador”, “Vida bela”, “Nariz Vermelho” são nomes de algumas das canções que chegam a público pela primeira vez e que, em breve, vão compor o disco de estreia do artista.
No show, Gui Villeto (voz e violão) sobe ao palco acompanhado por André Bicalho (segundo violão), Vinícius Lopes (guitarra), Marlon Henrique (baixo), Luiz Paulo (bateria) e Estefânio Álvares (teclado). O show tem participação especial da cantora Marina Carelli, na música Bédi Beat. A direção artística do show é de Daniel Gama, e a preparação vocal, de Adriana Lopes.
Com um repertório que ele batiza de “Músicas Para Sentir”, em “Quem Soul”, Villeto propõe ao público uma pausa no cotidiano. “Minhas músicas falam sobre cura, transformação, identidade, pertencimento, vulnerabilidade. É uma forma de proporcionar uma vivência de pausa no espaço tempo dessa vida corrida que a gente leva para nos convidar a uma respiração profunda, verdadeira, que nos reconecta às nossas emoções e humanidade, que permite autoconhecimento”, explica.
Passeando por influências que vão do rock a músicas orientais meditativas, Villeto prefere não definir um estilo. “Eu não gosto muito dessa caixa, sabe? Gosto de me sentir livre para trabalhar a sonoridade que funciona melhor para determinada canção. Pode soar como um mpb, como samba, reggae, rock, pop rock, enfim, acho que cada pessoa vai sentir, ouvir de uma forma diferente, de acordo com as próprias referências que tem”, diz.
Para viabilizar a produção do show e o início da carreira musical, Villeto lançou uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Benfeitoria, que ofereceu ao público benefícios exclusivos, como ingressos antecipados, brindes personalizados e experiências sensoriais ligadas ao universo do artista. “Cantar e ouvir essas músicas é um presente de escuta e percepção. É um reencontro com a nossa essência e um movimento de coragem para viver com mais presença e verdade”, afirma Gui Villeto. A campanha de crowdfunding já está no ar e pode ser acessada pelo site da www.benfeitoria.com/quemsoul.
O retorno à música
O percurso de Gui Villeto pela arte começou cedo. Desde a infância, participou de montagens teatrais na escola e frequentava o Grupo Repercussão, desenvolvendo ali sua aptidão para a música. Aos 13 anos, o artista passa a escrever poesia e aprende a tocar o violão, com a ajuda da mãe. O que era uma brincadeira de criança, acaba se tornando uma grande paixão. Mas, em vez de cursar música, Villeto ingressa na Universidade para estudar Publicidade e Propaganda.
Paralelamente, inicia também sua formação no Yoga e no Teatro, na Dança, com passagens por coletivos, entre eles, o conhecido Grupo Sarandeiros – de renome internacional. Em seguida, muda-se para São Paulo, para estudar artes cênicas, na SP Escola de Teatro, e acaba entrando para o mercado, com participações na TV – nas novelas Topíssima e Gênesis, ambas da Record -, e no cinema, na série Hit Parade, do Canal Brasil.
Em 2022, assim que volta a BH, após uma vida alucinante e “sem respiros” na capital paulista, o artista estreia o solo de teatro “Um Corpo”, que mescla dança e performance. “Naquele momento, eu estava saturado e descrente desse universo dos processos artísticos: a dificuldade financeira, o dispêndio de energia para passar nos editais, o mercado de um modo geral. Mas tive a esperança de que depois desse espetáculo, as coisas iriam engrenar. Na hora que acabou a temporada, entendi que era para pausar, e que não era para seguir esse caminho da arte”, diz.
Nesse hiato profissional, Villeto trabalhou como produtor cultural e depois no setor administrativo do SESI, opção que fez para poder se dedicar, nos horários “extra comerciais”, a seus estudos e atendimentos como terapeuta holístico. “Logo comecei a sentir aquela formiguinha ali no estômago querendo retomar um pouco a arte pela mistura que a terapia pode oferecer, como arte-terapia. Até que um dia eu tive a certeza que era hora de voltar. Criar voltou a ser uma experiência prazerosa, diferente de antes. E quando eu me perguntei o que eu queria fazer, eu tive a certeza de que era a música”, afirma.