Segundo o Ministério da Saúde, as quedas são responsáveis por 56,6% das mortes acidentais de pessoas acima de 75 anos
Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 24 de junho é reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção de Quedas. De acordo com um levantamento do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, as quedas são responsáveis por 56,6% das mortes acidentais de pessoas acima de 75 anos. Um dos métodos eficazes e que auxiliam na prevenção das quedas é a estimulação cognitiva.
De acordo com Erica Oliveira, gestora pedagógica e franqueada do Supera, a estimulação cognitiva pode ajudar a diminuir as quedas dos idosos de maneira significativa porque atua em diversas funções mentais que estão diretamente relacionadas ao equilíbrio, à coordenação motora e à capacidade de atenção durante atividades do dia a dia. Alguns exercícios cognitivos reforçam atenção, memória e agilidade mental, tornando o dia a dia mais seguro para os idosos. Veja abaixo como isso acontece:
Melhora da atenção e da concentração
Muitos acidentes acontecem porque o idoso se distrai durante uma atividade (por exemplo, ao caminhar em casa ou na rua). “Exercícios de estimulação cognitiva fortalecem a capacidade de manter o foco, reduzindo erros causados por distrações, como tropeçar em tapetes ou não perceber obstáculos no caminho”, explica a gestora pedagógica.
Aprimoramento das funções executivas
As funções executivas incluem planejamento, tomada de decisões e controle de impulsos. Isso ajuda o idoso a planejar melhor seus movimentos, a evitar ações precipitadas e a adotar estratégias mais seguras ao se deslocar. “Como apoiar-se ao subir escadas ou usar dispositivos de auxílio quando necessário”, comenta.
Fortalecimento da memória operacional
A memória operacional permite ao idoso lembrar-se das etapas de uma tarefa enquanto a realiza. “Por exemplo, ao caminhar, lembrar de olhar onde pisa ou de segurar no corrimão. O treinamento cognitivo reforça essa habilidade, tornando os movimentos mais conscientes e seguros”, salienta.
Integração da percepção visual e espacial
A estimulação cognitiva pode incluir atividades que trabalham a percepção do espaço e das distâncias. “Isso ajuda o idoso a avaliar melhor onde colocar o pé, a julgar corretamente a altura de degraus e a evitar obstáculos no ambiente”, conta.
Redução da lentificação cognitiva
Com o envelhecimento, o processamento mental pode ficar mais lento, o que afeta a capacidade de reagir rapidamente diante de situações de risco (por exemplo, um tropeço ou um escorregão). “A estimulação cognitiva contribui para manter a agilidade mental e melhorar o tempo de resposta”, afirma.
Benefícios indiretos: autoconfiança e engajamento
Além dos ganhos diretos nas habilidades cognitivas, a prática constante de exercícios cognitivos aumenta a autoconfiança e o engajamento do idoso em atividades sociais e físicas. “Isso contribui para uma postura mais ativa e atenta, diminuindo o risco de quedas”, finaliza Erica Oliveira.