Fintech, que nasceu em 2021 com capital de apenas R$ 40 mil, conecta investidores – bastam R$ 250 para se tornar um deles – a pequenas e médias empresas que precisam de crédito
De um projeto desenvolvido durante os estudos na universidade a uma fintech que, em cinco anos (até 2029), projeta transacionar R$ 600 milhões. Eis, em uma frase, a síntese da trajetória da M3 Lending, nascida em Belo Horizonte e que atualmente está em rodada de captação de investimentos de R$ 20 milhões.
O negócio é conduzido pelos sócios fundadores Gabriel Souza César, Yuri Barreto e Abdoul Aziz com o propósito de ser tanto uma oportunidade de crédito sem burocracia e barata para empresas de menor porte quanto uma opção de investimento para pessoas físicas ou jurídicas. Com apenas R$ 250, é possível se tornar investidor na M3 Lending.
“Fazemos a conexão de pequenas e médias empresas que estão em busca de crédito com investidores, que, em sua maioria, são pessoas físicas, e que desejam destinar capital para essas empresas. Nosso diferencial é que não temos spread bancário [diferença entre a taxa de empréstimo e a taxa de captação], então a taxa de juros para as empresas é menor e, para os investidores, a rentabilidade é maior”, explica Gabriel César, CEO da M3 Lending.
De acordo com ele, a taxa de juros da M3 Lending é, em média, 22% menor do que as taxas praticadas no mercado por bancos convencionais. Já a rentabilidade dos investidores gira, em média, em 2,8% ao mês – embora esse percentual possa variar de caso para caso. A remuneração ao investidor é imediata, ou seja, ele começa a receber assim que a empresa tomadora do empréstimo inicia o pagamento de suas parcelas.
O fluxo da operação é online, rápido e simples, assegura César. Em síntese, segundo o CEO, funciona da seguinte maneira:
- Para empresas que desejam tomar crédito: elas enviam todas as informações necessárias à M3 Lending (via aplicativo); o comitê de crédito da fintech avalia; aprovando, define a taxa; via aplicativo, capta investidores interessados naquele financiamento; com os aportes realizados, tem-se início à concessão de crédito.
- Para investidores: pelo aplicativo, eles escolhem as oportunidades de investimento disponíveis e, feita a escolha, assim que a empresa tem o crédito aprovado e começa o pagamento das parcelas, os investidores começam a ser remunerados.
- Pelo site e aplicativo, as empresas podem fazer simulações de crédito. A partir de informações como valor do empréstimo e prazo de pagamento, a calculadora online sinaliza o valor de cada parcela e a taxa de juros básica.
Segundo o CEO, mais de 2 mil pessoas já estão conectadas ao aplicativo da M3 Lending. Ainda de acordo com o executivo, a rodada atual de captação de investimentos, que visa à obtenção de R$ 20 milhões em aportes, já está em andamento, com parte desse objetivo alcançado.
Os aportes vão ampliar a capacidade de concessão de crédito da M3 Lending. Tanto que os R$ 600 milhões em valores transacionados previstos para até 2029 – cálculo já prevendo o salto proporcionado pela nova rodada de investimentos – significam 20 vezes mais os R$ 30 milhões de montante transacionado até o momento.
Essa rodada será a primeira desde o aporte inicial recebido na origem da fintech, em 2021. À época, a M3 Lending recebeu um investimento de R$ 40 mil da Raja Ventures para começar suas operações. A fintech, por sinal, é sediada no Raja Hub, na capital mineira.
Mais informações em https://m3lending.com.br.