O comércio restrito de Minas Gerais saiu do desempenho negativo de -1,0% de agosto e alcançou estabilidade de 0,0% em setembro. Já o comércio ampliado obteve uma aceleração de 0,9% na comparação com agosto no estado. Os números estão na análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG utilizando os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE.
O comércio restrito envolve todos os bens de consumo, com exceção de materiais de construção e automóveis. O varejo ampliado é composto por vendas de veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo. Em Minas Gerais, o varejo restrito mostra resiliência se recuperando entre um mês e outro, obtendo 4% de crescimento no acumulado do ano e 3,7% nos últimos 12 meses. Só fica negativo, (-1,1%), na comparação com setembro de 2023. Já o comércio ampliado marca números positivos de crescimento em todas as frentes analisadas no mês de setembro.
De acordo com a análise do Núcleo de Estudos Econômicos, o varejo restrito na variação mensal (setembro x agosto), com 0,0% demonstrando estabilidade, obteve as maiores retrações com tecidos, vestuário e calçados, (-1,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,9%) e equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação (-1,8%).
Na comparação entre setembro de 2023 e setembro de 2024, o restrito teve queda de -1,1%. Os setores com melhor desempenho foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (16,7%). Tecidos, vestuário e calçados atingiram 4,1% de aumento e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos chegaram aos 4,0% de incremento frente ao mesmo mês de 2023.
No acumulado do ano, o varejo restrito mantém desempenho positivo com 4% em Minas Gerais. Equipamentos para escritório, informática e comunicação atingem 74,6% até setembro. Com 13,1% de incremento, vêm artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico atingem 12,3% de crescimento entre janeiro e setembro.
Nos últimos 12 meses, o desempenho do varejo restrito também é positivo atingindo 3,7% de crescimento. Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação acumulam 84,6% de incremento enquanto artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e outros artigos de uso pessoal atingem 13,8% e outros artigos de uso pessoal e doméstico vão a 7,5% de desempenho.
Comércio ampliado
O crescimento de 0,9% do comércio ampliado em setembro sobre agosto no estado se deu especialmente pelo desempenho de veículos, motocicletas, partes e peças (6,6%) e material de construção com 1,1%. O segmento de materiais de construção, com 9,4% de crescimento, foi decisivo para o desempenho positivo do comércio ampliado (0,1%) na comparação entre setembro de 2023 e setembro de 2024.
De acordo com Fernanda Gonçalves, economista da Fecomércio MG, “Os elementos que contribuíram para os índices anual positivos observados no Brasil e em Minas Gerais, estão conectados a um mercado de trabalho em expansão”.
“Com destaque para o segmento de materiais de construção, com 4,2% de crescimento no ano, um setor fomentado por diversos fatores, incluindo maior número de contratações devido a novos lançamentos e criação de novos projetos. Porém a necessidade de maior número de contratações é um dos principais desafios, a falta de mão de obra qualificada em conjunto com o mercado de trabalho aquecido e a alta dos preços dos insumos promovem difíceis obstáculos ao setor. Mas apesar desses desafios o setor demonstra sinais de recuperação, promovendo o aumento na geração de novos empregos impactando positivamente diversos setores de comércio e serviços,” esclarece Gonçalves.
Entre janeiro e setembro, o ampliado teve crescimento de 2,1% em Minas Gerais ainda que afetado pela retração de veículos, atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo de (-6,7%).
Os últimos 12 meses também marcam desempenho positivo para o comércio ampliado com 1,7% de incremento. Contribuíram para esse resultado, o crescimento das vendas de veículos, motocicletas, partes e peças (12,9%) e material de construção com desempenho de 3,6%.
Minas Gerais tem a segunda maior participação no comércio brasileiro, 9,5% somente atrás de São Paulo que detém participação nacional de 30,6%.
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.
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