Nesta segunda-feira (8), Dia Mundial da Alergia, o Ministério da Saúde alerta para os principais sintomas e prevenção da doença que altera o sistema de defesa do organismo e é tão conhecida dos brasileiros. Como, por exemplo, da operadora de caixa Joice Sodré. “Em 2018, estava cuidando dos filhos de uma prima e, de repente, meu cotovelo e meu rosto começaram a inchar”, afirma Joice, que tinha 17 anos à época. Ela, rapidamente, procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Lá, foi medicada e encaminhada para o Hospital da Criança, em Brasília.
O diagnóstico da moça foi realizado por meio de exames como o utilizado para detectar a presença do anticorpo IgE. “Assim que cheguei ao Hospital da Criança, fiz uma bateria de exames e testes que detectaram urticária”, recorda Joice.
A urticária foi tratada por meio de antialérgicos e o tratamento durou cerca de um mês. “Fui alertada pelo doutor para sempre ter um remédio na bolsa, caso a alergia atacasse novamente”, conta ela. Seis anos depois, hoje com 23 anos e já recuperada, Joice recebe ligações frequentes do SUS para a realização de acompanhamento médico. “Achei bem interessante porque depois de tantos anos eles ainda estão me acompanhando” revela, agradecida.
As alergias ocorrem quando os anticorpos reagem sinalizando o contato de substâncias que são inofensivas, mas que o sistema imunológico confunde com um agente perigoso. Diante da exposição ao alérgeno (substância causadora da reação), o organismo libera uma reação química que causa os sintomas.
Alguns exemplos de substâncias que podem causar alergia são ácaros da poeira doméstica, pólens, proteínas de alguns alimentos, entre outros. Existe uma predisposição genética pela qual os pais alérgicos, com frequência, têm filhos também alérgicos.
Diagnóstico
Os métodos mais utilizados para o diagnóstico das alergias são testes cutâneos, o teste RAST ou de determinação de IgE (que detecta a presença do anticorpo IgE – componente que pode mapear o contexto da alergia) e os testes de provocação.
Tratamento
O tratamento pode ser iniciado na atenção primária, por meio de uma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Após a primeira avaliação, o paciente é encaminhado, se necessário, para um especialista, como por exemplo, alergologista, pneumologista ou dermatologista.
Prevenção
É importante observar as condições ambientais que o rodeiam (casa, trabalho, contato com animais etc.), assim como os fatores desencadeadores dos sintomas e os antecedentes familiares de alergia, dessa forma, será mais fácil identificar o tipo de alergia.
Em geral, é importante evitar situações que de forma repetida provoquem reações alérgicas. Evitar o contato com substâncias capazes de provocar hipersensibilidade e que podem induzir reações alérgicas é a melhor maneira de prevenção.
Sinais de alerta
As alergias alimentares, geralmente, se manifestam na pele (urticária, inchaço, coceira e eczema), no aparelho gastrointestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos) e em casos mais graves podem acometer vários órgãos simultaneamente, causando inchaço na garganta, dificuldade respiratória, erupções cutâneas, queda de pressão arterial e, em casos extremos, choque anafilático.
As respiratórias causam espirros, coriza, coceira nos olhos, falta de ar, tosse e dores de cabeça.
As alergias medicamentosas variam de efeitos mais moderados, como náusea e vômitos, à anafilaxia (dificuldades respiratórias). Além disso, também existem alergias causadas por insetos ou pelos de animais.
Ministério da Saúde
*Por Laura Fialho, estagiária sob supervisão de Ícaro Ambrósio.