MinasCoop Energia é estratégico nas discussões para Seminário Técnico sobre Crise Climática e seus Impactos em Minas Gerais
Quando criou o Programa MinasCoop Energia, em 2021, o Sistema Ocemg elegeu o norte de Minas como o local que abrigaria as primeiras usinas de geração de energia fotovoltaica do projeto, instaladas pela própria entidade para impulsionar um processo de transição energética no cooperativismo mineiro. Agora, cerca de três anos depois, a região foi novamente escolhida para debater os benefícios desse programa e suas contribuições para o enfrentamento estratégico dos problemas climáticos que afetam o Estado. O MinasCoop será apresentado durante o encontro regional que acontecerá no dia 14 de junho, em Montes Claros, para construção da pauta do “Seminário Técnico sobre Crise Climática e seus Impactos em Minas Gerais”. O grande evento será realizado em agosto, em Belo Horizonte, pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O objetivo é discutir os impactos das mudanças climáticas e as medidas de prevenção e combate aos efeitos climáticos adversos que afetam as diversas regiões mineiras, considerando as peculiaridades de cada uma. “O Sistema Ocemg é parceiro e parte importante nessa iniciativa. Fomos convidados a participar devido à expertise que construímos no desenvolvimento de fontes alternativas de energia pelas cooperativas, com atenção também para o social”, explica o presidente da entidade, Ronaldo Scucato.
MinasCoop – Signatário do Pacto Global da ONU, o Sistema Ocemg lançou o MinasCoop Energia como forma de proteger o meio ambiente e estimular a adoção de práticas sustentáveis no cooperativismo. O programa atua fomentando a instalação de usinas fotovoltaicas pelas cooperativas e a doação de parte da energia gerada a instituições de assistência social. “O norte de Minas foi a região que recebeu as primeiras usinas do projeto”, conta o assessor institucional da entidade, Geraldo Magela da Silva.
Segundo ele, características específicas favoreceram a decisão de lançar no semiárido mineiro a pedra fundamental do programa. “Trata-se de uma região com grandes extensões de terras improdutivas e alta incidência de radiação solar, o que propicia o maior aproveitamento da energia fotovoltaica. Ao mesmo tempo, a região concentra municípios com demandas econômicas e sociais importantes, que poderiam ser minimizadas por meio do programa”, explica Silva.
Desde então, o MinasCoop Energia vem estimulando, ano a ano, um crescimento significativo na geração de energia sustentável pelas cooperativas, não só no Norte, mas em todas as regiões do Estado. A iniciativa já gerou investimentos de R$ 38,6 milhões para a construção de 77 usinas, por 39 cooperativas mineiras. Juntos, esses empreendimentos produzem 8,8 MW de energia limpa, dos quais 2,6 milhões de KW/hora são doados anualmente para 61 instituições, beneficiando mais de 4 milhões de pessoas. São 52 cidades contempladas com a instalação das usinas e a geração de 601 empregos diretos. Além disso, 172 novas usinas estão em processo de entrada no programa, que já foi apresentado na Conferência das Partes sobre Mudanças do Clima (COP26) e já levou o Sistema Ocemg às edições de 2022 (COP27) e 2023 (COP28) desse mesmo evento, como parceiro estratégico do Estado de Minas Gerais no enfrentamento sustentável às ações climáticas.
Grupos temáticos – Para levantar as necessidades e prospectar experiências de sucesso em todo o Estado, a fim de montar a agenda prioritária do Seminário Técnico, a ALMG criou quatro grupos temáticos – ambiental, econômico-produtivo, social e institucional. Essas equipes estão responsáveis por elencar pontos que precisam ser aprimorados nos planos já existentes; indicar experiências exitosas e sugerir temas e debatedores para compor a programação dos encontros no interior; discutir os resultados desses encontros, após sua realização; e sugerir temas, formatos e debatedores para o evento de agosto.
O Sistema Ocemg está representado em todos esses grupos, que também têm a participação de universidades e institutos federais, órgãos e entidades da administração pública, entidades da sociedade civil e associações microrregionais e consórcios municipais.
Os encontros regionais já foram realizados em Araçuaí, Itajubá, Juiz de Fora e Governador Valadares. Depois de Montes Claros, as reuniões seguem para Uberlândia e Unaí.