MAB vai pedir ao presidente LULA que acelere a reconstrução das casas no RS com participação dos próprios atingidos

Um momento de grande expectativa do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que já com uma pauta alinhada para entregar ao presidente Lula, nesta quinta-feira, 6 de junho,  quando ele estará em visita a Cruzeiro do Sul e a Arroio do Meio, dois dos municípios mais atingidos pelas enchentes.

Pela quarta vez, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, retorna ao Rio Grande do Sul desde a catástrofe climática que se abateu sobre o estado. Ele acompanhará os trabalhos de recuperação em uma das regiões mais atingidas pelas enchentes do último mês, o Vale do Taquari, junto a prefeitos e outras autoridades locais.

Lula será recebido na Cozinha Solidária do MAB

Às 11h, o presidente visita o bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, onde 650 moradias foram destruídas. Na sequência, às 12h30, estará em Arroio do Meio, onde visita a cozinha solidária do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

O MAB tem sido fundamental na resposta às enchentes, produzindo até 7 mil marmitas diárias em suas cozinhas solidárias instaladas no Rio Grande do Sul. Equipes de diversos estados, sob a organização do MAB, estão se voluntariando nessas cozinhas para fornecerem alimentos essenciais, água potável e apoio às comunidades desalojadas e desabrigadas. As marmitas chegam também para os atingidos que estão morando em carros, caminhões e sob os viadutos. Desde setembro/23, o MAB tem atuado na organização  e na ajuda dos atingidos.

Dados sobre atingidos

Segundo dados oficiais da Defesa Civil do RS (em 04/6/24), são 475 municípios afetados, 37.328 pessoas em abrigos, 580.111 desalojados e mais de 2,3 milhões de atingidos. Além disso, foram contabilizados 172 óbitos, 806 feridos e 42 desaparecidos.

Durante a visita do presidente Lula, o MAB vai apresentar os pontos centrais das demandas dos atingidos, com destaque para a aceleração da reconstrução a partir da construção de reassentamentos pelos próprios atingidos da região. Um dos pontos centrais, de acordo com lideranças do Movimento,  é acelerar os reassentamentos construídos com ampla participação popular dos atingidos, garantindo que as comunidades tenham voz ativa no processo de reconstrução e recuperação das áreas devastadas pelas enchentes.

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